O Romeu é figura bastante conhecida em nosso meio. Ele tem umas passagens muito alegres e pitorescas. Certa vez, foi ele ao Armazém do Astolfo, dizendo:

– Astolfo, você quebrou.

– Não, Romeu. Não quebrei, não.

– Astolfo, você não quebrou, não? – insistiu o Romeu.

– Que é isso, Romeu! Que bobagem! Não quebrei, não.

– Astolfo, ouvi falar que você quebrou.

– Deixe de asneira, Romeu. Onde se viu eu quebrar?

– Você não quebrou mesmo não, Astolfo? Então me dá déis aí.

O Astolfo, então, já furioso com tanta insistência, que vem terminar numa exploração, toma os dez cruzeiros e joga para o Romeu, vociferando:

– Tome, Pedro Bó. E vá tomar… (banho).

Com o Chilon deu-se também um incidente engraçado. O Romeu dirige-se a ele e pede 50 centavos para tomar um café. O Chilon mete a mão no bolso e tira de lá 20 centavos e estende a mão para o Romeu.

– Não, senhor. Muito obrigado – diz o Romeu.

E retirou-se resmungando, nervoso, levantando e abaixando o braço, como sempre costuma fazer.

* Fonte: Texto publicado na edição de novembro de 1976 do Boletim Informativo, do arquivo do Laboratório de História do Unipam.

* Foto: Esportenapassarela.com.