Com carga redobrada, os “Magos do Sol”, voltaram no dia 29 próximo passado, com o show “Beatles Forever II”. Uma coisa de doido. A começar pela entrada no Ginásio Poliesportivo.
Infelizmente uma falha extra-palco. Está certo que todo grande show tem um tumulto, mas não é preciso ser tão grande assim. Os organizadores do espetáculo, deveriam ter aberto o outro portão do Ginásio, e assim facilitado a entrada do pessoal. Ou pelo menos abrir um só, mas com uma certa antecedência, e não em cima da hora como foi. E também o público, formou uma “linda” fila para a entrada. Mas isto não afeta muito, alguns dizem até que esquenta os ânimos. Nós, no entanto, esperamos que organizadores e público se preocupem com estas pequenas coisas, que acarretam atrasos enormes.
Vamos ao show. FOI UM SHOW COM GRANDES LETRAS. Só para começo de conversa, o público pagante foi de 2.481 pessoas, o que faz imaginar um total de mais de 2.500 pessoas dentro do Poliesportivo (Poli, mesmo!). Mas isto não deu “milhões”, as despesas, como sempre foram altas, por serem bem empregadas.
O conjunto “Magos do Sol” conseguiu fazer com que o público mantivesse a mesma animação durante todo o espetáculo. Não perdeu o pique nem uma vez. A projeção de slides durante todo o show, com os Beatles surgindo em várias formas na tela, colaborou para manter todo mundo “aceso”. A “moçada” explodia uma liberdade muito grande dançando com carga total.
Muito importante o senso de profissionalismo que o pessoal deixou marcado. E além disto, o sinal de que com um bocado de persistência e coragem, o público vai acreditar um pouco mais na capacidade de se fazer um bom trabalho. Está certo que o nome Beatles, é um forte carro chefe, mas os músicos que ali estavam aguentam outras barras com a mesma força.
Muita carga positiva. Consagração para quem merece: Luiz Carlos Esteves (Vocal e Teclados); Taquinho Noronha (Vocal); Ivan Corrêa (Contrabaixo e Vocal); Waldir Carvalho (Guitarra Base e Vocal); Joãozinho Viana (Guitarra Solo); Heleno Versiani (Bateria e Percussão); e Sérgio Coimbra (Vocal e Violão). Tentar dizer de um por um é muita ousadia, e desnecessário.
Além disso, temos certeza de que quem não foi no primeiro show se arrependeu e foi no segundo, agora quem não foi em nenhum dos dois, irá no ano que vem. Se não for, acho que nada adiantará dizer do pessoal.
Ah! Só mais uma coisa. Se no Poliesportivo pagando Cr$ 300,00 cruzeiros, foi aquele público todo, como seria na Festa do Milho? É algo para o Sindicato Rural refletir até o ano que vem. Se é por não acreditarem no pessoal daqui de Patos, fiquem sabendo que em Montes Claros (fim de março ou início de abril), Unaí e algumas cidades vizinhas, o pessoal acredita. Tanto assim, que estão tentando comprar o show.
SEM DÚVIDAS TEMOS MUITA GENTE BOA POR AQUI. Parabéns “Magos do Sol”. Que as vitórias sejam cada dia maiores e mais duradouras.
* Fonte: Texto de João Vicente publicado no n.º 63 da revista A Debulha de 15 de fevereiro de 1983, do arquivo do Laboratório de História do Unipam