Após a abertura feita pelo pessoal da “Escola de Música Carlos Gomes”, Ivan Noé deu seu recado com o show Boiadeiro – Uma História.
Embora um pouco cansativo e com melodias bem simples, o show num todo é muito interessante. Com o trabalho voltado apenas para a problemática do roceiro que procura melhores condições na “cidade grande”, Ivan consegue nos colocar diante da real situação de fuga, às vezes, desse roceiro que se ilude nas metrópoles e mais tarde cai na realidade, voltando à sua origem: “o sertão”. Dentro desse contexto de ida, permanência e depois regresso à roça, Ivan Noé nos deixa aquela mensagem de amor à terra natal e de valorização da cultura própria. Suas letras talvez sejam o mais forte, analisando o trabalho melodia-letra.
Enfim foi mais uma apresentação bem forte do “Projeto Palco Móvel”, que vem ganhando espaço e levando a cultura não só para os patenses moradores no centro, mas inclusive, movimentando toda a periferia da cidade com apresentações em bairros. Públicos de 500 a 600 pessoas, vêm comprovar para todos e principalmente para os promotores da iniciativa, que estão fazendo um trabalho de extremo valor, que é a dinamização da cultura popular em Patos de Minas.
E por falar em PALCO MÓVEL, sua terceira apresentação foi na Vila Garcia, no dia 05 de outubro, defronte a Igreja Nossa Senhora da Abadia, onde mais ou menos seiscentas pessoas se fizeram presentes, prestigiando apresentação de vários artistas, inclusive alguns do próprio bairro.
A quarta apresentação dentro do Projeto Palco Móvel, será neste final de semana, dia 18 (sábado), com um show do DALLA (depois do sucesso de sua participação especial no show de Alceu Valença), no Teatro Telhado, às 20 horas, com a participação do Grupo Banda, que abrirá o espetáculo.
No dia 19/10, domingo, às 19 horas, o Projeto se deslocará até a Vila Caramuru, onde espera atingir um grande público.
* Fonte: Texto de Inez Marina, Marco Antônio e Vicente de Paulo, publicado na coluna Cultura da edição n.º 11 da revista A Debulha de 15 de outubro de 1980, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca.
* Foto: Uipi.com, meramente ilustrativa.
