BOSQUE E LAGOA DO PATÃO AGONIZAM

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O Bosque e a Lagoa do Patão, assim denominados em virtude do nome do posto de gasolina presente no local, já foi área de lazer para muitos patenses. No pequeno bosque, antes uma grande área florestal, já funcionou um barzinho que foi muito frequentado. A lagoa, também outrora portentosa em água, foi juntamente com o bosque sendo engolidos pelo progresso e sua infalível e inseparável companheira: a especulação imobiliária. Hoje, a maior ameaça é o pungente crescimento do Bairro Planalto. Através da Lei n.º 6.332, de 21 de outubro de 2010, que define o perímetro e os logradouros, o bosque e a lagoa fazem parte do referido bairro.

Já na década de 1990 a preocupação com a área fez com que o Executivo sancionasse a Lei n.º 2.871, de 03 de outubro de 1991, que nos apresenta em seu Art. 1.º o seguinte: A área denominada Lagoa e Bosque do “PATÃO”, nas confluências das Rodovias BR-365 e BR-354, neste Município, contendo área aproximada de 30 (trinta) hectares, fica declarada de preservação permanente para fins do artigo 3º da Lei 4.771 (Código Florestal) de 15 de setembro de 1968. A Lei estabelece que a área destina-se a proteger sítios de excepcional beleza e valor paisagístico; assegurar condições de bem-estar público e preservar a Lagoa e Bosque do “Patão” de ações predatórias contra o meio ambiente. E, fundamentalmente: Fica proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais da área, bem como sua supressão total ou parcial.

De 1991 para cá, muito se falou em projetos de urbanização da lagoa. Mas, na realidade, as construções foram se aproximando, a pequena mata ciliar foi sendo devastada e a lagoa secando. Hoje, a loteria ecológica está à disposição para quem quiser prever até quando o Bosque e a Lagoa do Patão sobreviverão.

0* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Showmystreet.

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