Depois de três anos afastado do palco e consequentemente do público de Patos, LUIS CARLOS – uma de nossas maiores expressões musicais – retorna à nossa cidade para uma apresentação no PALCO MÓVEL, presenteando o público com composições lindas.
Com uma forte preocupação com os destinos da terra e do homem, LUIS CARLOS demonstra essa preocupação em grande parte do seu trabalho, também voltado atualmente a temas folclóricos e urbanos.
No show, LUIS não deixou de mostrar um certo nervosismo, talvez pelo tempo fora dos palcos e a expectativa de aceitação, quanto ao show.
Aspectos de relevância em LUIS, são vários, começando por sua excelente voz (interpretação), até sua facilidade intuitiva.
LUIS convidou HELENO (Bateria), IVAN CORREA (Baixo) e WILMAR (Guitarra). Num determinado ponto do espetáculo, talvez o mais forte, LUIS enche o Teatro de emoção e tristeza, cantando “OH! MY LOVE”, homenagem a JOHN LENNON – um de seus maiores influenciadores.
“MEDIEVAL”, “NÃO DEIXE A TERRA MORRER”, “JOANA”, foram partes de ótima aceitação e curtição do público.
Com o intuito de valorizar compositores nacionais, aconteceu dias atrás o V Recital de Música da Escola de Música Carlos Gomes, com homenagens a Vinicius de Morais, Ernesto Nazareth e músicos da velha guarda de Patos de Minas.
Salientaram-se bastante as alunas de Vânia Amâncio, que reviveram o “poetinha” Vinicius de Morais em “Eu sei que vou te amar” e “Marcha da Quarta-feira de Cinzas”.
Anísio apresentou uma peça para seis violões mostrando assim o desempenho e vontade de toda sua turma e claro, o talento do Professor.
Cristina botou a moçada pra interpretar Ernesto Nazareth e contou com a participação de Anísio ao violão e Marcos, cavaquinho e bandolim.
Nessa parte, a aluna Isa Augusta Moura Mendonça encantou a todos pela graça, manejo e técnica interpretando “Beija-Flor”, também a interpretação de Flávia Oliveira Caixeta em “Brejeiro”, foi digna de fortes aplausos.
No final, a festa ficou por conta de Cristina Garchet Teixeira, Anisio Dias, Maestro Cícero Nunes, Zico Campos, Prof. Alino Duarte e Joãozinho Andrade, que derramaram talento e boas execuções no nosso Teatro Telhado, que estava lotado.
Um recital bem popular em termos de repertório e bem perto de nossa cultura, nossas coisas…
* Fonte: Textos publicados na coluna Sem Fronteiras, de Inez Marina, Marco Antônio e Vicente de Paulo, do n.º 16 da revista A Debulha, edição de 15 de janeiro de 1981, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca.
* Foto: Anunciosmarinaalta.com.