CRUZEIRO DA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO DOS PATOS, O

Postado por e arquivado em HISTÓRIA.

A inauguração do Cruzeiro da Matriz de Santo Antônio dos Patos, segundo dados informativos que colhemos, realizou-se em 1982, sendo celebrantes do ato religioso os Revmos. Frades Dominicanos: Frei Raimundo, Frei Guilherme e Frei Domingos, que vieram de Uberaba pregar as santas missões e o Vigário Pe. Getúlio Alves de Melo.

Note-se, porém, que antes existira no mesmo local um outro cruzeiro bem menor que o atual. Atribui-se a sua construção ao Pe. Manoel de Brito Freire que, de 31 de maio de 1850 a 1.º de junho de 1875, foi vigário do então Arraial de Santo Antônio dos Patos¹. Ante o seu precário estado de conservação é que os Revmos. Missionários e o Vigário, acima mencionados, resolveram substituí-lo por outro, nôvo e maior, condizente com as proporções da Igreja Matriz.

Apelaram, então, para o povo, para os católicos, e êstes não se fizeram esperar, colaborando todos imediata e eficazmente.

O Cap. Joaquim Pereira de Queiroz, que residia em a casa hoje, de propriedade de seu filho Virgílio Queiroz, ofereceu logo a madeira necessária, e os hábeis marceneiros e irmãos João e Manoel Corrêa da Costa, vindos da cidade de Formiga para Patos e auxiliados pelo carpinteiro Jacinto José Ferreira se encarregaram de construí-lo.

Ao marceneiro João Corrêa coube ainda fabricar, gratuitamente, uma escadinha, uma torquês e um martelo, instrumentos do suplício êste que antigamente pendiam de seus braços.

Terminada a construção e marcado o dia da inauguração, esta se realizou solenemente com enorme concorrência de fiéis, vindos de todos os recantos do Município. A grande e pesada Cruz após a sua bênção e ser carregada a mão por fervorosos católicos, durante todo o percurso da escadinha, um torquês e um martelo, instrumentos do suplício estes que da piedosa procissão em que se desfilou em redor da Praça, foi, então, erguida, sob calorosos aplausos da multidão, em singelo pedestal de pedra, construído em frente à velha Matriz².

* 1: Leia “Manoel de Brito Freire: O Segundo e Último Cura”.

* 2: Com a autorização do Monsenhor Fleury, em janeiro de 1959 o então prefeito Genésio Garcia Roza fez o translado de seu singelo pedestal de pedra para um pedestal mais alto situado na parte central do Praça, onde recentemente foi reformado.

* Fonte: Texto de João Gualberto de Amorim Júnior (Zico Amorim) publicado na edição de 03 de maio de 1959 do Jornal dos Municípios, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do UNIPAM.

* Foto: Da edição n.º 25 de 05 de abril de 1997 do jornal O Tablóide, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, publicada em 08/08/2014 com o título “Antiga Matriz na Década de 1940”.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

Compartilhe