CHINCHILA

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A Chinchila (Chinchilla sp.) é um roedor (25 a 35 cm de comprimento e pesando por volta de 800 gramas) pertencente ao ecossistema da Cordilheira dos Andes. Vive num ambiente desértico bastante rigoroso, quente de dia e muito frio à noite, entre 3 a 5 mil metros de altura. Abriga-se em túneis que escava ou em buracos de rochas espalhados pelas montanhas. Alimenta-se de plantas, sementes e mais raramente de pequenos insetos. Chega a viver 22 anos.

O seu nome significa literalmente Chincha Pequena. Chincha é o nome que os nativos da região dão à pele do animal, geralmente utilizada na fabricação de roupas. Como sempre acontece com animais exóticos antes da descoberta por outros povos, a Chinchila era naturalmente abundante em partes da Argentina, Bolívia, Chile e Peru. Com a chegada dos invasores espanhóis, deu-se início à caça comercial. Hoje, Chinchilas selvagens são raras, e o seu território está restringido às montanhas do Chile.

Até meados do século 16, a Chinchila só era conhecida pelos nativos. Foi então que um padre espanhol descreveu-a num livro sobre os animais da Cordilheira dos Andes. Foi o suficiente para se tornar conhecida no mundo todo. E o início de seu drama, pois a caça com o objetivo de comercialização da pele se intensificou de tal maneira que resultou na extinção de uma espécie e outras ficaram próximas.

Nos idos de 1800 iniciou-se uma tentativa de criá-la em cativeiro. Somente em 1895 se conseguiu uma produção com sucesso, mas foi arrasada no ano seguinte por uma epidemia. Em 1918, Mathias Chapman, um engenheiro de minas norte-americano, entrou em contacto pela primeira vez com o roedor. Gostou tanto do animal que se lançou na difícil tarefa de tentar criá-lo em cativeiro para o comércio de peles. Hoje em dia, o comércio de peles não depende mais dos exemplares selvagens. Para fabricar um casaco, é necessário utilizar cerca de 20 a 30 Chinchilas.

Ao mesmo tempo em que o mercado buscava cada vez mais a pele da Chinchila, outro nicho começou a se interessar por tê-la unicamente como animal de companhia. A partir de 1960 muitos lares passaram a ter o animalzinho como companheiro. Surgiram então os criadores comerciais para atender a demanda e as lojas do ramo passaram a ofertar alimentos próprios. Neste quesito, deve-se evitar ração para coelho e hamster, além de semente de girassol, por ser muito rica em gordura. Fora a ração própria, pode-se fornecer maçã e banana desidratada e uva passa, mas sem exageros.

A Chinchila pode ser condicionada a procedimentos com a utilização de alimentos. Como exemplo, após deixá-la solta pelo ambiente, ao levá-la de volta à gaiola oferecendo uma uva passa e dizendo a palavra casa, ela passará a associar o comportamento (desejado) a uma guloseima e com o tempo habituar-se-á a fazê-lo, sempre que for repetido o comando.

Além de asseada, praticamente não pega carrapato nem pulga, devido ao seu pêlo ser tão denso que não permite a sobrevivência destes parasitas cutâneos. A pelagem é muito sensível e por isso não se deve banhá-la com água. Para tal, existe uma areia especial, bastante fina. No seu habitat natural ela esfrega-se no pó da montanha. Em cativeiro, precisa que o dono recrie essa oportunidade de tirar a gordura e sujidade do pêlo. Na gaiola, é aconselhável colocar material tipo aparas tênues de madeira no fundo (no mercado existem produtos com aromas de frutas) e ir retirando as que estiverem sujas com fezes e urina.

É um animal bastante resistente as doenças. Quando surge, geralmente provém da falta de higiene. Também podem surgir feridas devido ao alojamento em gaiolas com fundo de grelha ou rede, pois as patas podem ficar presas nos buracos e o animal ferir-se na tentativa de se libertar.

A grande preocupação que se deve ter é com o desgaste insuficiente dos dentes. Na natureza, a Chinchila tem como alimento freqüente os vegetais. Esta dieta é capaz de provocar o desgaste necessário. Eles crescem entre 4 a 6 cm por ano, e continuamente durante toda a vida do animal. Crescendo continuadamente, e não havendo desgaste para compensar, ela terá enorme dificuldade para fechar a boca e não conseguirá se alimentar, o que lhe acarretará a morte lenta e dolorosa. Se o proprietário perceber que o animal não está se alimentando, apresenta salivação e fica passando continuadamente as patas na boca, deve lavá-lo imediatamente a um Médico Veterinário.

A maturidade sexual ocorre por volta dos 4-6 meses de idade, mas o acasalamento é recomendável a partir de 8-9 meses. A ovulação ocorre durante 28 a 30 dias e o cio dura 5 dias. O período de gestação é de cerca de 111 dias. Cada ninhada pode ter de 1 a 6 crias, em média 2. As crias já nascem com pêlo em todo o corpo e de olhos abertos e mamam durante 60 dias aproximadamente. Passados 60 dias do parto já se alimentam sozinhas, mas antes de separar as crias dos pais, deve-se verificar se elas se alimentam sozinhas.

As crias já nascem com pêlo em todo o corpo e de olhos abertos. Nos primeiros dias, resista à tentação de pegá-las. Por vezes, as crias travam lutas pelo leite da mãe, muito violentas até, podendo resultar vários ferimentos e até mesmo a morte. As crias podem ferir a mãe, e por consequente ela matá-los, dada a dor e o desconforto. Elas aprendem a tomar banho de areia imitando os pais.

* Fonte: Wikipédia.

* Foto: Revistagloborural.globo.com.

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