Apesar do nome, o Cão-da-Pradaria (Cynomys ludovicianus) não é um canino, mas um roedor. O grupo inclui cinco espécies, todas elas nativas da América do Norte. É de constituição robusta, com comprimento situado entre 30 e 40 cm, incluindo a cauda, que é relativamente curta. Têm hábito gregário e vive em colônias numerosas, constituídas por um ou mais grupos familiares. Cada um destes é composto por um macho, 2 a 4 fêmeas e respectivas crias.
As colônias habitam um sistema complexo de túneis com diversas saídas que pode abarcar vários acres e chegar aos 10 metros de profundidade. A alimentação é sobretudo herbívora complementada com pequenos insetos. Por outro lado, são a principal fonte de alimento para diversos predadores das pradarias como raposas, doninhas e aves de rapina. Foram caçados pelo homem em grandes números, sobretudo no século XIX, por serem considerados como ameaça às colheitas. Como resultado disto e do impacto humano no seu meio ambiente, as populações diminuíram bastante. Por esta razão não é permitido importar exemplares provenientes da América do Norte.
Nos EUA, Canadá e México ele está ganhando imensa popularidade. No Brasil não há dados a respeito. A recomendação internacional é que se deve sempre adquirir filhotes para que ocorra uma adequada “socialização com os humanos”. E sem conhecimento sobre as peculiaridades da espécie, surgem alguns problemas. O Cão-da-Pradaria é muito sociável em suas colônias. Isso quer dizer que ele não é chegado a viver em isolamento. Deixar o animal sozinho por horas a fio é como condená-lo à morte, pois entra numa depressão profunda. Então, deve-se ter uma preocupação enorme para um contato constante. Assim ele se torna afetivo.
O tempo de vida normal varia de 8 a12 anos. Todo ano seu ciclo sexual é complicado, não para ele, mas para o proprietário. É mais um problema. Seu comportamento tende a mudar drasticamente durante este período tornando-o muito agressivo e propenso a morder. É por isso que não é recomendado mantê-lo como animal de estimação se há crianças na casa.
Geneticamente condicionado a viver em longa extensão de território, mesmo chegado à casa ainda filhote ele precisa de uma gaiola espaçosa, que deve ser em torno de 24 x 24 x 36 centímetros e ter dois andares. Como todo roedor, precisa de brinquedos mastigáveis ou mesmo pedaços de corda grossa para permitir que, tanto quanto possível, realize o desgaste natural dos dentes. Seu passatempo favorito é cavar, portanto, a adição de uma caixa de areia em um canto é recomendável. Constantemente, deixe-o correr pela casa toda (como costuma fazer nas pradarias da América do Norte) para consumir energias acumuladas. Como dito anteriormente, ele não gosta de se sentir sozinho. Então a gaiola deve ficar estrategicamente colocada num local de presença constante dos da casa, sempre protegida de luz solar direta e/ou ventos e chuva.
Como alimentação inclua feno de aveia, pelo valor nutricional e por atender a necessidade de desgaste dos dentes. Vegetais também devem ser incluídos na dieta, principalmente folhas verdes. Evite couve-flor ou brócolis, pois estes alimentos podem causar gases no estômago e intestinos.
Mantendo a gaiola limpa, num local adequado, com água de boa qualidade e alimentos saudáveis, o Cão-da-Pradaria vive com saúde como os demais roedores de companhia. Sempre enfatizando que jamais deve ficar isolado. Em cativeiro, talvez por estresse motivado por pouca atenção, o sistema respiratório é sensível a poeira e umidade. Deve-se tomar muito cuidado com isso. Recomenda-se aparar as unhas regularmente. Como foi dito anteriormente, o ciclo sexual o deixa agressivo, sendo recomendável a castração para atenuar o problema.
O Cão-da-Pradaria ainda não é um animal perfeitamente ajustável ao cativeiro como os demais roedores de companhia, que, após inúmeras gerações, já nascem naturalmente propensos a viver em condições naturais fora de seu habitat natural. A questão “companhia” é muito mais importante para ele do que para o proprietário, que deve estar o maior tempo possível ao alcance da vista e recebendo afagos. Quem não puder lhe oferecer atenção deve evitar tê-lo como membro da família. Relatos demonstram que, com atenção adequada, o Cão-da-Pradaria se afeiçoa ao dono tornando-se um ótimo “amigo”, chegando a responder quando acostumados com um nome.
* Fontes: Wikipédia e Caes.topartigos.com.
* Foto: Natureeculture.blogspot.com.