TRÊS PERSONAGENS

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GEORGE ALVARES MACIEL − Representante do Brasil na ONU, é filho de duas tradicionais famílias mineiras, Maciel e Álvares da Silva, que deram grandes estadistas tanto no Império como na República. O Dr. George Alvares Maciel é filho do Dr. Jacques Dias Maciel e de D. Amanda Álvares. Por sua vez Dr. Jacques é filho do Major Jerônimo e de D. Inhá, a sempre lembrada e bondosa dama Patense, que sempre viveram aqui á Praça do Santana. O Dr. Jacques, que era advogado, transferiu-se para Belo Horizonte onde lecionou como lente catedrático da Escola Federal de Direito. Na capital mineira nasceram seus filhos ANTONIO ALVARES MACIEL, advogado já falecido; DR. JERONIMO ALVARES MACIEL, engenheiro, residente no Rio de Janeiro e diretor da Casa da Moeda; DR. GEORGE ALVARES MACIEL, Embaixador na França e Inglaterra (questão do café solúvel), onde teve atuação brilhante defendendo com veemência nossos interesses e agora na ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, na querela com os ciúmes da Argentina a respeito da Bacia do Prata. Então ele em brilhante discurso disse, se o Brasil é Grande e está em constante progresso e vai ser um dos mais poderosos países do mundo a culpa é dos portugueses, que com têmpera de aço, há séculos passados souberam conquistar este imenso território, verdadeiro continente dentro de outro Continente.

JOAQUIM JOSÉ DE SANT’ANNA − Participou ativamente na emancipação do município, nasceu um ano antes da Independência do Brasil, isto é, no dia 26 de julho de 1821 (Sesquicentenário). Seu falecimento se processou há quase um século conforme o Assentamento de Óbitos: Aos cinco dias do mez de janeiro de mil oitocentos e setenta e cinco, no Cemiterio desta Villa de Santo Antonio dos Patos, Bispado de Goyaz foi sepultado Joaquim José de Sant’Anna, casado, idade de cincoenta e quatro annos, dizendo-se lhe Missa de corpo presente; fiz com o Reverendo Padre Miguel José de Moraes acompanhamento sollene. Para constar mandei fazer este assento que assigno.
O Vigario Manoel de Britto Freire.

WALTER WANDIR DA CUNHA − Esteve, como Pracinha, em operações na Itália na última Guerra por mais de um ano, na Força Expedicionária Brasileira, foi ferido em ação e recebeu a medalha “Sangue do Brasil” e vários diplomas por bravura, entre os quais os seguintes:

5.º Exército (Norte Americano) − Teatro de Operações na Itália.

FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
Ferimento em Ação
Ao Cabo do 11.º Regimento de Infantaria WALTER WANDIR DA CUNHA, faço entrega do presente DIPLOMA por ter no cumprimento de seu dever, militar, sido ferido em ação em MONTE FORTE, no dia 11 de abril de 1945.
Assinado: General de Divisão J. B. Mascarenhas de Moraes
Com. do 1.º Escalão.

Outro Diploma

Nome: Walter Wandir da Cunha.
Posto: Cabo.
Local do Ferimento: Teatro de Operações de Guerra (Itália).
Data do ferimento: 11 de abril de 1945.
Ass.: General Canrobert P. Costa.

Atualmente, Walter Wandir dedica-se à indústria do feijão patense, para isso possuindo três máquinas eletrônicas Seletron SM 500, que separam os grãos de feijão pela cor. Capacidade de 10.000 quilos diários empacotados em 1 e 2 quilos com a inscrição promovendo Patos de Minas, “UM PRODUTO DE PATOS DE MINAS”. Aceitação muito grande e o mercado paulista consome toda produção em super-mercados. Diversas pessoas trabalham em regime de dois turnos (16 horas) por dia muito bem assessoradas pelo Sr. Paulo Barbosa, gerente da firma. Faturamento previsto de um milhão de cruzeiros para este ano.

O interessante é que o Valtinho, apesar de entrar em combate na Guerra e de ter sido ferido, é uma pessoa calma, tranquila, sem neurose e de estar com tudo, inclusive bela mansão no campo, e não gosta de contar proezas.

* Fonte: Texto de Lincoln José de Santana publicado com o título “Anotações” na edição maio/1973 do Jornal dos Municípios em Revista, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Trecho do texto original.

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