A história do Ragamuffin está relacionada com a do Ragdoll e é basicamente tão misteriosa quanto à dessa outra raça. Reconhecida desde 1994, muitas vezes sua origem passa a contar deste momento, no entanto ela é mais antiga e data do inicio da década de 1960. Ann Baker, uma criadora californiana de gatos Persa, teria adotado gatos de rua e um deles seria uma gata de pelagem semilonga chamada Josephine. A partir de Josephine e diferentes cruzamentos, a raça Ragdoll e Ragamuffin foram obtidas. Inicialmente o Ragamuffin recebia o nome de Cherubims por sua expressão e rosto angelical, porém mais tarde a raça foi renomeada para seu nome atual. Não é reconhecida pela TICA, mas é reconhecida desde 1994 pela American Cat Fanciers Association (ACFA) e desde 2003 pela Cat Fanciers Associaton (CFA). Em alguns casos, a origem da raça datada de 1994, ano no qual foi aceita, apesar de sua história mais antiga e relacionada ao Ragdoll.
É um gato de porte grande, com ossatura pesada, podendo chegar a até 10 quilos – apesar de as fêmeas serem bem menores do que os machos −, sendo proporcional e bastante elegante. Cabeça mediana, proporcional ao corpo e apresenta formato de cunha modificada, com contornos arredondados; focinho levemente curto e arredondado; bochechas cheias; olhos grandes, em formato de noz, podendo apresentar um leve toque oriental, expressivos e se apresentam nas mais variadas cores, preferencialmente intensas; orelhas de tamanho médio, ligeiramente arredondadas e voltadas para frente; pelagem grossa, brilhante e sedosa ao toque, muitas vezes comparada a pelagem de coelho, de comprimento semilongo a longo e presente em todas as cores e padrões, com ou sem a presença da cor branca. A textura do pelo pode variar com a cor. Na região do abdômen deve apresentar uma “almofada” de gordura. Cauda longa, com pelagem em formato de pluma; patas traseiras um pouco mais longas do que as dianteiras; pés devem apresentar pelagem entre os dedos. A maturação completa só acontece por volta dos quatro anos de idade.
É conhecido por sua personalidade doce e envolvente, convivendo muito bem com crianças e outros animais de estimação Ideal para quem procura um bichano de colo e não suporta ser deixado sozinho, exigindo bastante atenção. Uma casa com vários animais de estimação vai ser melhor para o Ragamuffin para que seu dono possa se ausentar com maior tranquilidade. Por ser o tipo de felino que confia muito nas pessoas, o ideal é que essa raça seja criada dentro de casa apenas. São descritos como inteligentes – podem aprender truques e serem ensinados a andar de coleira, gostando de aprender para satisfazer seus humanos −, amigáveis e amorosos, sendo verdadeiros gatos de família. A raça também é adoradora de carinhos na barriga, muitas vezes deitando de costas numa espécie de convite, costumando ronronar e aproveitar os momentos em que recebe carinho. São brincalhões mesmo quando adultos e gostam de abraços, chegando até mesmo a ficarem relaxados como a raça Ragdoll. Usualmente um gato dessa raça cria fortes laços com seu dono bastante rápido e sempre está atrás de carinho e amor, seguindo as pessoas pela casa e esperando próximo à porta para receber seu dono.
Apesar de sua pelagem semilonga, a manutenção da raça é bastante simples, pois o Ragamuffin quase não apresenta mudança de pelos. A escovação semanal é suficiente para este felino ficar livre de pelos mortos e manter sua aparência saudável. São bastante saudáveis e sem problemas de origem genética até onde se sabe. É conhecido por ter uma boa longevidade, por isso esteja ciente que ele será um companheiro de longa data se estiver em seus planos. Por possuir uma pelagem comprida pode acontecer de desenvolver tricobenzoares – bola de pelo no sistema digestivo −, o que é facilmente tratado.
* Fonte: Texto de Ricardo Tubaldini, Médico Veterinário (CRMV- SP 23.348), formado pela Universidade Paulista, Cirurgião Geral e Ortopedista no Hospital Veterinário Cães e Gatos 24 horas há 6 anos. Dr. Tubaldini é o Diretor de Conteúdo do portal CachorroGato e gestor da equipe de veterinários responsáveis pela ferramenta Dr. Responde.
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