Arrendamento e parceria de terras em Patos de Minas. Essa é a proposta da Prefeitura do município que enviou correspondência para 400 proprietários rurais com áreas superiores a 200 hectares. A sensibilização dos grandes ruralistas pode facilitar a implantação de uma bolsa de terra que trará lucros tanto para quem cedeu a terra quanto para os arrendatários. A expectativa foi apresentada pelo secretário de Desenvolvimento Urbano de Patos de Minas, Lindolfo Alves Sobrinho.
Atualmente, segundo revelou sobrinho, dos 333,6 mil hectares de área municipal, apenas 70 mil hectares são cultivados com prioridade para as lavouras de milho, seguidas de arroz, soja e café. A possibilidade de expansão das fronteiras agrícolas é uma das grandes esperanças do Executivo. Os trabalhos ainda estão no início e somente para o próximo ano talvez a bolsa esteja realmente formada com os parceiros e arrendatários preparando o solo, plantando e colhendo.
Desde o dia três de abril os 400 possíveis cedentes de terra recebem cartas informando os objetivos do programa e as chances de retorno econômico. Até o momento não houve qualquer manifestação. Também são informados que será feito cadastro dos interessados no arrendamento e parceria com exigências mínimas que garantam produção: maquinário e tecnologia.
O secretário municipal descarta a participação de sem terras no programa que contará com assistência técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), financiamento do Banco do Brasil, além de sindicatos e cooperativas. Segundo ele, é fundamental que os que vierem a integrar a bolsa de arrendamento e parceria possuam maquinário e tecnologia.
* Fonte: Texto publicado com o título “Patos de Minas lança com êxito a Bolsa de Terra” na edição de 08 de maio de 1992 do jornal Estado de Minas, do arquivo de Donaldo Amaro Teixeira.
* Foto: Início do texto original.
