SABIÁ-BARRANCO

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PÁSSAROS.

O Sabiá-barranco (Turdus leucomelas) é o sabiá mais comum do interior do Brasil, especialmente em regiões de cerrado. Também chamado de Sabiá-barranqueira, Capoeirão, Sabiá-de-cabeça-cinza, Sabiá-fogueteiro, Sabiá-branco e Sabiá-pardo. É uma ave passeriforme da família Turdidae, um pouco menor do que o Sabiá-da-mata e o Sabiá-laranjeira. Pode ser confundido com o Sabiá-poca. Espécie semiflorestal. Vive à beira de matas, parques, matas de galeria, coqueirais e cafezais. Seu nome científico significa: do (latim) Turdus = Tordo; e do (grego) leukos = branco; e melas = preto, leukomelas = mistura de branco e preto, ou seja, cinzento.

O adulto apresenta o alto da cabeça arredondado, acinzentada nos lados e olivácea na parte alta, sem a mácula negra à frente dos olhos. Bico cinza escuro uniforme. O tom acinzentado domina as costas, tornando-se amarronzado nas asas. Peito acinzentado, com a garganta branca e listras cinza escuras bem definidas. Quando voa, às vezes mostra a área alaranjada da parte interna das asas. A parte inferior da cauda é clara. O juvenil tem o dorso pintalgado de bolas amarronzadas, sem a garganta branca bem delimitada. Pontos marrons no peito e barriga. Mede cerca de 22 a 23 centímetros. Não apresenta dimorfismo sexual, sendo sua diferenciação feita apenas pelo canto, que é característica dos machos.

Alimenta-se basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros sabiás, revira as folhas caídas em busca de pequenos invertebrados e também se alimenta de pequenos frutos. Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com frutas. Gosta de frutas tropicais, como a banana. Foi observado na cidade de Jaú-SP um adulto alimentando-se do néctar das flores da paineira-vermelha ou paineira-da-índia. No sudeste e norte do Brasil a espécie já foi avistada se alimentando de lagartixas e cobras-cegas.

Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Residente, inicia sua reprodução em agosto e estende-a até dezembro. Como outros sabiás, constrói um ninho apoiado em galhos ou forquilhas, às vezes em alpendres e varandas de casas, usando uma mistura de barro, raízes e folhas na parte externa. Forma uma pequena torre e na parte superior fica a tigela funda de material vegetal mais macio. A fêmea choca de 2 a 4 ovos verde azulados com salpicos pardos, que medem 28 por 20 milímetros e são incubados durante cerca de 12 dias, com os filhotes saindo do ninho em 17 dias. Por um tempo os filhotes costumam utilizar o ninho para dormir após já terem conseguido alçar voo em companhia dos pais. A fêmea retira ou engole os sacos fecais dos filhotes nidícolas. Costuma ter quatro ninhadas por temporada.

Comum em todas as matas ciliares, matas de galeria, matas secas, cambarazais e cerradões. Utiliza os capões de cerrado e cruza áreas abertas em voos diretos a meia altura. Acostuma-se com ambientes criados pela ação humana, como jardins, pomares e áreas urbanas bem arborizadas. Canta somente na primavera, época em que acasala. Adapta-se a diferentes ambientes e também é muito visto em parques urbanos com muita vegetação.

Sua voz é múltipla, com um canto contínuo, menos forte do que o de Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), composto de motivos relativamente simples, repetidos uma ou duas vezes. Durante o resto do ano só emite vocalizações de alerta, especialmente ao entardecer, quando disputa os melhores poleiros para passar a noite. Costuma ser o pássaro que emite o alerta mais forte em situações de perigo, denunciando às outras aves a presença de um predador ou ameaça em potencial. É o pássaro que mais vocaliza em alerta perante o Murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana), também conhecida como Corujão-mateiro e Murucututu-pequeno.

NOTA: Se você é adepto de pássaros em gaiola ou viveiros, adquira o Sabiá-barranco somente de criadores autorizados pelo IBAMA.

* Fonte e foto: Wikiaves.com.br.

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