Há décadas é assim: as carretas pesadíssimas arrebentam e afundam o asfalto da Rua Major Gote e o contribuinte paga o conserto. Por quê? Simplesmente porque o poder público não quer interromper. Por quê? Simples, e isso é antigo! Quando da construção da rodovia Patos de Minas-Presidente Olegário, faltou o asfaltamento da BR-365 ao trevo da Avenida Marabá (sete quilômetros), que hoje é a Rodovia do Contorno, que foi construída com a finalidade primordial de desviar o trânsito pesado da Rua Major Gote. Então, o articulista Murilo Corrêa da Costa, em sua coluna O Periscópio da revista A Debulha, em sua edição n.º 34 de 15/10/1981, afirmou categoricamente: Ninguém em Patos de Minas ignora que interesses particulares estão impedindo que o trecho de sete quilômetros seja construído. Dizem as boas línguas que os motoristas das carretas, principalmente as bi-trem de mais de 70 toneladas, não estavam satisfeitos com o piso irregular da Rua Major Gote. Aí então o que o poder público fez? Ora, aí está a prova: com o dinheiro do contribuinte, o asfalto da Rua Major Gote vai ficar lisinho para o conforto das carretas, para que elas arrebentem novamente e novamente os contribuintes paguem. E não adianta reclamar: eu cobrei, pessoalmente, essa aberração ao Ministério Público em junho do ano passado. Mais de um ano depois, ainda não recebi resposta. Por que, Dra. Vanessa? Aquele de camisa branca está irado demais da conta exclamando aos seus botões: – Putz, vou ter que pagar de novo! Pois é Murilo, é isso aí! E você aí, reclame ao Bispo!

Texto e foto (20/08/2020): Eitel Teixeira Dannemann.