Quando a Avenida Fátima Porto foi entregue à população em 22 de novembro de 1996, as nobres autoridades patenses da época proclamaram com ardor: O tráfego de veículos pesados será totalmente desviado para fora da Rua Major Gote, evitando transtornos ao trânsito na região nobre, principalmente na área dos bancos, o coração financeiro de Patos de Minas. Para complementar o belo gesto, eis que surgiu a Rodovia do Contorno, que foi construída justamente para auxiliar aquela avenida no sentido de excluir o trânsito pesado da Rua Major Gote.
O tempo passou e hoje, infelizmente, de nada valem a Avenida Fátima Porto e a Rodovia do Contorno. São apenas nuances no mapa da cidade, pois carretas bi-trem de 50 toneladas e caminhões carregados de bois e porcos, espalhando fezes e urinas fedorentas pelo piso maltratado, transitam livremente por toda a extensão da Rua Major Gote.
O Artigo 91 do nosso Código de Posturas (Lei Complementar n.º 379 de 24/12/2012) assim determina: O Poder Público poderá impedir, independentemente de notificação ou de autuação anterior, o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte que possa ocasionar danos à via pública e/ou à segurança dos munícipes. Então, se carretas de 50 toneladas e caminhões transportando animais continuam maltratando a Rua Major Gote, afundando-a, trincando-a, para depois o nosso dinheiro ser usado para reparações, e ainda causando riscos à população, como aconteceu recentemente quando uma carreta não conseguiu subir até à Praça Champagnat e por pouco não causou uma tragédia, é porque o Poder Público, em desrespeito ao cidadão, não tem interesse em sanar o problema.
Entre a Rua Prefeito Camundinho e a Avenida Paranaíba, o lado direito da pista é muito mais maltratado que o lado esquerdo, pois é onde transitam as tonelagens. Assim é em toda a extensão da Rua Major Gote. Nós, os cidadãos, que a mantemos com nossos impostos, sejam municipais, estaduais ou federais, esperamos humildemente por outro Poder Público que possa ter compromisso com o Código de Posturas de Patos de Minas!
* Texto e foto (29/11/2015): Eitel Teixeira Dannemann.