Com a aprovação pelo Departamento Administrativo do Estado, do projeto para a construção de uma usina elétrica para a cidade, descortina-se para o municipio uma nova fase de progresso. E nós, que encravados no sertão de Minas, somos já um povo progressista e possuimos já melhoramentos notàveis, muito mais seremos e muito mais teremos, com a nova energia que virá − seiva nova para nossas fábricas e para outras indústrias que forçasamente surgirão.
E não somente a indústria lucrará. O comércio, a lavoura, o erário, lucrarão. Em última análise, o benefício será do povo em geral, porque qualquer melhoramento, por pequeno que êle seja, refletirá, finalmente, em benefício de todos.
E, então, com sua energia remoçada, com seu coração batendo mais forte − sim, porque a usina é o coração da cidade, espalhando fôrça e espalhando luz para seus quatro cantos, dando novo alento ao seu desenvolvimento, Patos dirá, agradecida, que crescerá, que será melhor de que tem sido, que será de fato a Princesa do Oeste, crescendo sempre para a grandesa de Minas.
E não terá também, por certo, a hipocrisia de, engalanando-se, silenciar o nome de seu benfeitor. Cantará hosanas àquele que muito fez e vem lutando para o seu desenvolvimento. Escreverá no livro de sua história o nome de seu Prefeito, com a observação da haver sido o sr. Fonseca Sobrinho, o cada vez mais, a célula administrativa que dirige.
E os filhos da terra comum, da terra dadivosa e boa, agradecidos, colaborarão com os poderes públicos em nossa marchja para frente, − para o progresso!
* Fonte: Texto publicado com o título “Nova usina elétrica para a cidade” na edição de 12 de outubro de 1941 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.
* Foto: Do arquivo da CEMIG. A usina do Ribeirão das Lages foi reativada pela CEMIG em 2005 com o nome de Usina Hidrelétrica de Lages e está em funcionamento novamente.