MESMO PENSAMENTO

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Anos 40. Procissão do Encontro. Naquela época, a cidade toda parava para participar. E o andor de Jesus Cristo, há muito tempo, era carregado pelos senhores: Joãozinho Andrade, Dozinho, Dr. Deiró e o Zé Borges. E, por coincidência, os quatro eram considerados grandes boêmios, freqüentadores assíduos lá da zona.

Naquela noite, iniciada a procissão, os quatro levantaram o andor e começaram a caminhada que deveria percorrer toda a Avenida Getúlio Vargas. Quando a procissão se aproxima da esquina da Prefeitura Municipal com a Rua José de Santana, os quatro pensaram, isoladamente, uma coisa só:

– Na esquina, deixo esta alça do andor e vou pra zona boêmia.

E justamente na esquina, cada um discretamente foi largando a alça… e quase que acontece um grande milagre na cidade… mas não aconteceu: o andor caiu.

* Publicado em “Patos de Minas – Histórias que  até parecem estórias…”, de Donaldo Amaro Teixeira e Manoel Mendes do Nascimento (1993). Ilustração de Ercília Fagundes Moura.

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