O imóvel de n.º 180 da Avenida Getúlio Vargas¹ foi construído no princípio do século XX pelo Coronel Arthur Thomaz de Magalhães, emblemática figura da História Patense, responsável pelo 1.º teatro, 1.º cinema, 1.º coreto, entre outras realizações. Em 1936 o Coronel Arthur vendeu a casa para Anísio Cardoso Assunção. Posteriormente, na década de 1950, foi vendida a Gil Alves de Oliveira. Passados mais de 60 anos, hoje o imóvel encontra-se literalmente abandonado, à constante espreita da especulação imobiliária. Num dia desses quaisquer, numa rachadura frontal surgiu uma vida vegetal. Sem nenhum obstáculo, rompeu o espaço e vislumbrou-se em um pequeno arbusto. E foi crescendo. E está crescendo, envolvendo a histórica parede com seu abraço titânico. O Agrônomo José Antônio Dias nos ensina: É um Ficus microcarpa, popularmente conhecido por Figueira. Árvore de grande porte e invasora, as sementes são apreciadas pelos pássaros e por isso podem germinar e desenvolver em outras árvores sufocando-as e até a morte. Também podem se instalar em paredes de construções e muros. A espécie é a mesma das duas árvores situadas no Ponto de Táxis em frente ao antigo Fórum, e talvez as sementes foram levadas pelos pássaros para a parede daquela antiga residência. Pelas palavras do Dr. José Antônio, é fácil concluir, não vai demorar muito e os pequenos escombros estarão esparramados pelo passeio. E assim, lá se vai mais um pedaço de nossa História!
* 1: Leia “Antiga Casa do Cel. Arthur Thomaz de Magalhães”.
* Texto e foto (02/03/2018): Eitel Teixeira Dannemann.
