Lá estava ele, montado em sua moto possante, parado no sinal vermelho da Rua Major Gote esquina com sua colega Rui Barbosa. Cônscio de que não teve berço, fazia o tradicional vrumvrum que incomodava a todos que transitavam no entorno. Quando o sinal abriu, o fulano acelerou e, com certeza, quando cruzou a Avenida Paranaíba já estava a mais de 100 por hora, e o barulho ensurdecedor incomodou até os eternos hóspedes do Cemitério Municipal Santa Cruz. Assim é por toda a Cidade, seja manhã, tarde, noite ou madrugada, em qualquer lugar, até em porta de hospital. É nas horas tardias, quando o povo civilizado já está aconchegado em seus lares, que se ouve com plena intensidade o ronco das máquinas potentes alimentando a baixa autoestima desse tipo de gente que não sabe viver em comunidade com o outrem. Se com jovens já é um descalabro, o mais estapafúrdio, o mais ridículo, é presenciar coroas como esse aí usando as motos não como veículo de transporte, mas como meio de extravasar os seus complexos em cima de quem não tem nada a ver com isso. Que péssima lição esses coroas legam aos filhos e netos!
* Texto e foto (11/03/2018): Eitel Teixeira Dannemann.