Foi nesta cidade, em 18 de maio de 1924, filha de tradicional família patense, que ela nasceu. É a primogênita do casal Abner Affonso de Castro e de D. Iracema Maciel de Castro. Iniciou o curso primário no Grupo Escolar Marcolino de Barros, indo terminá-lo no Colégio Normal Professor Antônio Dias Maciel. O Curso secundário fê-lo no Colégio Santa Maria, de Belo Horizonte, aí terminando os estudos em 1941. Em 23 de maio de 1944 tornava-se a Senhora Sebastião Alves do Nascimento. O casal possui hoje 6 filhos sendo cinco “Marias” e um Elmiro (nome herdado do avô paterno).
Difícil é dizer sôbre a pessoa de quem acabamos de traçar os dados biográficos. É possuidora de uma grandeza d’alma, de uma jovialidade de espírito e de uma bondade tão contagiante que nos deixa constrangidos aos nos referirmos a sua pessoa. É esposa e companheira fiel de seu marido em todos os momentos da vida – quer na alegria do lar, quer na árdua campanha política. Destaca-se sempre na nossa sociedade sendo figura marcante em tôdas as atividades de que participa.
Em Belo Horizonte, onde reside hoje, recebe os familiares e amigos da família com a mesma solicitude com que o fez aqui. Embora nascida em um lar abastado, sendo filha de uma das mais tradicionais famílias patenses, foi sempre uma amiga sincera dos pobres e dos menos afortunados.
A sua casa esteve sempre aberta aos desamparados e humildes, indício de formação cristã, herdado do pai. Nunca a vimos triste e acabrunhada, mas sempre sorridente e com uma palavra amiga para aquêles que a cercam. Na política, mostra-se sempre solícita aos ideais do marido.
Esposa abnegada, amiga, sincera e mãe dedicada são algumas de suas qualidades. E se não é fácil enumerar os seus dotes, pelo menos é real que esta de quem falamos é uma autêntica patense. Ela é quem é – D. Coracy Affonso de Castro Alves.
NOTA: O EFECADEPATOS não encontrou nenhuma foto de D. Coracy nos arquivos públicos. Então procuramos seus filhos Maria Beatriz de Castro Alves Savassi e Elmiro Alves do Nascimento. Infelizmente, os dois não demonstraram nenhum interesse em fornecer-nos uma foto de D. Coracy. Pedimos desculpas pelo pouco caso da dupla e pela ausência da foto. Fica a rosa em homenagem a ela!
* Fonte: Texto publicado na edição de 13 de fevereiro de 1969 do jornal Folha Diocesana, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.