TRAVESSA DO SUMBÉM – MAS QUAL SUMBÉM?

Postado por e arquivado em 2017, DÉCADA DE 2010, FOTOS.

Nos idos tempos, entre a Rua Cesário Alvim/Praça Vovó Neném e a Rua Teófilo Otoni, surgiu desordenadamente uma descontinuidade de casas e quintais. Em 11 de dezembro de 1974 a Lei n.º 1.411 assim determinou em seu Art. 1.º: Fica denominada “Travessa do Sumbém” a travessa que confronta com as ruas Teófilo Otoni e Cesário Alvim, nas proximidades da praça da Cadeia. O livro Logradouros Públicos de Patos de Minas (1993), de Júlio César Resende, afirma que o Sumbém homenageado trata-se do cidadão José de Mello Sumbém. Ficamos cientificados que foi um jovem empreendedor nascido em Patos de Minas no dia 19 de janeiro de 1887. Em seus somente 24 anos de vida trabalhou como marceneiro, administrador de obras e com queimação de cal, de pedras que vinham de Areado em carros de bois. Sua morte foi inesperada: uma semana após ser submetido a uma cirurgia em Belo Horizonte, faleceu em 29 de novembro de 1911. Mas, eis que, a 4.º edição (2017) do mesmo livro traz a seguinte informação: Submeteu-se a uma cirurgia em Belo Horizonte, onde uma semana depois faleceu, aos 72 anos, em 29 de novembro de 1959. A edição de 24 de agosto de 1913 do jornal O Commercio publicou um anúncio de José de Mello Sumbem onde ele anuncia que havia comprado bilhetes de loteria e que ainda não os tinha recebido, pedindo providências à Agência Postal por recear prejuízo¹. O livro Recreativa: Uma Jovem Acima de 80 Anos, de Dennis Lima, traz uma foto de Sumbém com a esposa Floripes e outra da família reunida em 1945, e informa: É provável que todo o trabalho com o madeiramento do prédio do clube tenha sido feito por ele ou por seu filho Benedito Sumbém, embora essa afirmação não possa ser confirmada, por seus descendentes.

* 1: Leia“José de Mello Sumbem Teme Prejuízo Com Loteria – 1913”.

* Texto e foto (23/02/2017): Eitel Teixeira Dannemann.

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