O livro Logradouros Públicos de Patos de Minas, de Júlio César Resende, afirma que o Sumbém homenageado trata-se do cidadão José de Mello Sumbem. Ficamos cientificados que foi um jovem empreendedor nascido em Patos de Minas no dia 19 de janeiro de 1887. Em seus somente 24 anos de vida trabalhou como marceneiro, administrador de obras e com queimação de cal, de pedras que vinham de Areado em carros de bois. Sua morte foi inesperada: uma semana após ser submetido a uma cirurgia em Belo Horizonte, faleceu em 29 de novembro de 1911. Sessenta e três anos depois, a Lei n.º 1.411 de 11 de dezembro de 1974 lhe homenageou determinando assim em seu Artigo 1.º: Fica denominada “Travessa do Sumbém” a travessa que confronta com as ruas Teófilo Otoni e Cesário Alvim, nas proximidades da praça da Cadeia.
Mas, eis que, a edição de 24 de agosto de 1913 do jornal O Commercio publicou um anúncio de, nada mais, nada menos, José de Mello Sumbem. Das duas, uma: ou o autor do livro se enganou ou o Sumbem do jornal não é o mesmo do livro. Independentemente de qual seja o Sumbem, este anunciou que havia comprado bilhetes de loteria e que ainda não os tinha recebido, e pedia providências à Agência Postal por recear prejuízo.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto: Arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
