ANGORÁ

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Estudiosos do assunto afirmam que o gato “Angorá” é uma raça genuinamente natural, isto é, não surgiu modernamente através de corriqueiros cruzamentos genéticos. É originário da Turquia e seu nome provém de sua capital Ankara, antigamente chamada Angorá.

No passado remoto, era considerado pelos turcos um símbolo de pureza, refinamento e riqueza. Por isso os donos desta raça eram os ricos comerciantes. A se destacar que o imperador romano Octavio Augusto tinha uma fêmea branca com olhos de ouro que ele costumava classificar como “delicada, refinada, nobre e independente de espírito”. Estas particularidades chamaram a atenção dos europeus. O naturalista francês Fabri costuma ser reverenciado como aquele que levou os primeiros exemplares para a Europa por volta do século 17. E desde que chegou ao velho continente foi de imediato apreciado pela aristocracia e em particular pela Corte de Versalhes.

Depois de um longo tempo de adoração pelos europeus, principalmente após o Renascimento, o Angorá foi perdendo terreno chegando a estar ameaçado de extinção após o término da Segunda Guerra Mundial. Os turcos fizeram um esforço tremendo para protegê-lo, criando estruturas de reprodução no Zoo de Ankara. A partir da década de 1970, ele começou a recuperar o prestígio até que em 1988 a Federação Felina Internacional o reconheceu como raça legítima.

Apesar de nos tempos hodiernos não ser uma raça muito popular, o Angorá turco é muito importante por causa da influência que teve no surgimento de outras raças de pêlos compridos que posteriormente tiveram mais fama que ele, como o Norueguês, o Siberiano, o Maine Coon e até o Persa.

O Angorá Turco caracteriza-se pela sua sedosa pelagem semi-comprida a comprida sem sub-pêlo. É suave, fina e sedosa, sendo mais comprida e grossa na zona do pescoço, na barriga e na cauda, com tendência a ondular-se na parte inferior. A fisionomia é delgada e musculosa. As patas traseiras são mais compridas do que as dianteiras. Na cauda existe muito pêlo e esta geralmente é baixa em relação ao corpo, estreitando até acabar numa ponta fina. Tem uma cabeça pequena e um focinho pontiagudo. As orelhas, grandes e firmes, estão situadas numa posição bastante alta na cabeça. Também são ligeiramente pontiagudas. Os olhos também são grandes, ovais e ligeiramente oblíquos. O pescoço é bastante longo e delgado, tal como o seu corpo. Apresenta uma estrutura óssea muito delgada, ainda que possa parecer um gato maior graças à sua pelagem espessa. Mas o normal é que o seu peso varie entre os 2,5 e os 5 kg.

Durante muitos anos apenas a cor branca era reconhecida, mas devido aos múltiplos problemas de surdez que se originavam nos cruzamentos entre gatos brancos, rapidamente se reconheceram outras cores como azuis, creme, pretos, vermelhos e inclusive bicolores.

Quanto ao comportamento, é muito ligado ao dono e sua família. Adapta-se com facilidade em ambientes pequenos, como apartamentos. Normalmente é educado, tranqüilo, curioso, sociável, brincalhão, gosta demais de explorar o ambiente onde mora, e escalar móveis. Também adora brincar de pegar objetos que são jogados. Às vezes costuma ser “turrão” e, em determinadas situações, principalmente uma fêmea no cio, pode ficar nervoso quando pego com freqüência. Acontece que, apesar de ser muito carinhoso, não aceita abraços apertados, mesmo que de curta duração. Portanto, cuidado, porque, sem querer, naquela de se libertar, ele pode provocar uma bela arranhada.

Traço forte em seu comportamento é a sua capacidade de se comunicar de forma efetiva através de seu miado, comunicativo e expressivo.

A expectativa de vida do gato Angorá é de 12 a 16 anos.

* Fontes: Gatto, de Bruno Varesi; Gatosmania.com.

* Foto: Superrecados.com.

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