Em 07 de fevereiro de 1926, o “Diário de Minas” traz notícia da construção da nova ponte do Paranaíba, em Patos (ainda sem o “de Minas”, só vigorando a partir de 1946), com 7 metros de largura, e com um arco único de 57 metros. A obra apontada na época como um dos mais importantes trabalhos de engenharia do Brasil, estava aos cuidados da Companhia Nacional de Cimento Armado S.A. É a atual terceira ponte antiga¹.
Corte para o Distrito de Pará dos Vilelas. Foi o primeiro povoado do Município de Itaguara (95 km de Belo Horizonte) e se chamava Conceição do Pará (quando em 1734 pertencia a Mariana). Lá, um pontilhão datado antes da metade do século XX, possui linhas simples podendo ser retas, curvas ou mesmo cruzadas como nos guarda-corpos. Com largura para passagem de apenas um veículo, a pequena ponte fora construída toda em concreto armado, possuindo duas vigas curvas, que unicamente conformam as laterais, sendo engastadas através de vigas retas que criam a amarração e por esbeltos pilares vinculados na curvatura e no imenso pilar de sustentação. Por baixo desse, existem vigas que dão suporte a estrutura ao longo de seu perímetro. Fora construído posteriormente um imenso pilar que está descarregando no terreno por onde passa o rio. O pontilhão dava acesso ao município de Cláudio, antiga ponte sobre o Rio Pará na MG-260. Foi construído na década de 30 (segundo informação do Sr. Dico do Raul, morador mais antigo do povoado). Hoje, desativado, permanece sob o Rio Pará como uma escultura que se conserva ao tempo. A estrada possui somente acesso para uma empreiteira de extração de areia.
Eis aí, no Distrito de Pará dos Vilelas, Município de Itaguara, fonte para algumas inspirações de Guimarães Rosa em seu livro de contos Sagarana, principalmente Sarapalha, uma sósia de nossa terceira antiga ponte do Rio Paranaíba. Existem outras!
* 1: Leia “As Antigas Três Pontes do Rio Paranaíba”.
* Edição do texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Fonte e fotos: Museu Sagarana (museu@itaguara.mg.gov.br), sob o obséquio de Maria Rita.