TEXTO: JORNAL DE PATOS (1926)
Como é sabido do povo deste municipio, a ponte velha do rio Paranahyba¹, a meia legua desta Cidade, antes que as recentes enchentes a levassem, foi mandada demolir, naturalmente por quem só sabe demolir e nada construir…
Pois muito bem, o Sr. José Rangel² actualmente o homem mais progressista de Patos, tentou junto á Camara Municipal fazendo-lhe reiterados appellos para que se fizesse ao menos uma coisa provisoria para evitar incalculaveis prejuizos que adviriam à população de aquem Paranahyba e à sua exemplarissima empreza Auto Viação de Patos que tem concorrido de maneira incontestavel para o progesso dessa zona.
Mas os administradores locaes, como sempre acontece, encolhiam os hombros, porque o interesse da collectividade è coisa que não entra nas cogitações da Camara Municipal de Patos.
Mas o Sr. José Rangel que não gosta muito de palavras mas sim de acção, está fazendo − á sua custa − uma ponte provisoria que brevemente talvez mesmo ao se publicar esta noticia já estará franqueada ao publico, graças á operosidade fecunda d’aquelle cavalheiro que o povo de Patos admira pela coragem e intrepidez com que dirige e faz prosperar sua empreza que tantos beneficios tem trazido à nossa população.
Ao Sr. José Rangel levamos os nossos aplausos, acompanhados das nossas mais sinceras felicitações e do agradecimento do povo bom, trabalhador e ordeiro de Patos.
* 1: Leia “As Antigas Três Pontes do Rio Paranaíba”.
* 2: Digite “José Rangel” no espaço de buscas, clique em enter e assim surgirão vários textos sobre ele.
* Fonte: Texto publicado com o título “A Ponte da Paranahyba” na edição de 13 de junho de 1926 do Jornal de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Do Boletim Informativo da Gráfica e Papelaria Olivieri, do arquivo de Newton Morais Andrade.