Antônio José dos Santos e Formiguinha¹, juntamente com Joaquim José de Sant’Anna, Joaquim Pereira de Queiroz, os Dias Maciel (Antônio e Jerônimo), Pedro Modesto da Silva, Francisco de Paula e Souza Bretas e mais alguns lutaram bravamente para a nossa emancipação. O Formiguinha pode ser considerado o patriarca dessa emancipação, primordialmente por um fato histórico ocorrido em 1848². No tempo em que vivia o Formiguinha, ele morava numa travessa que ligava o antigo Largo da Matriz (hoje Praça Dom Eduardo) à Rua Tiradentes. Desde o fim do século 19 este trecho era conhecido por Travessa do Formiguinha, justamente porque lá residia o glorioso cidadão. E assim permaneceu por mais de noventa anos, até que em 1967 alguém do poder público se perguntou: – Tem ali uma tal de Travessa do Formiguinha… Quem é este tal de Formiguinha? Provavelmente, só pode ser isso, sem saber quem foi este tal de Formiguinha, resolveram batizar o trecho com outro nome. Através da Lei n.º 908, de 1.º de junho daquele ano de 1967, a travessa recebeu o nome de Rua Maestro Augusto Borges. É evidente que o venerando maestro merece este tipo de homenagem. Mas não à custa de suprimir da cidade a única referência que existia ao nome do patriarca da emancipação. E assim, até hoje Antônio José dos Santos e Formiguinha continua esquecido pelo poder público. Como a cidade cresceu, a rua passou além da Tiradentes para desembocar na Avenida Padre Almir Neves de Medeiros. Então a Lei n.º 6.118, de 20 de julho de 2009, estendeu o novo nome a toda a extensão do logradouro.
* 1: Leia “Antônio José dos Santos e Formiguinha: o Patriarca da Emancipação”.
* 2: Leia “Revolta do Formiguinha, A”.
* Texto e foto (19/02/2016): Eitel Teixeira Dannemann.