Lavrada lei que o lente leu
Liguei a letra numa lida lenta
Livrei a lida e larguei o leme
Levei o leque numa luta limpa
Pelo ponto que parei na ponte
Pus a pedra lá nos pés do padre
Passei o pote para o prato preto
Peguei a prenda na ponta do pau
Corri no campo de cara no chão
Curei um caso com canela quente
Catei um caco e comprei um cão
Cassei a crise e cortei o calo
Vim na via que vem lá da venda
Vaguei num vão e parei no vale
Virando a vela vasculhei a vala
Vetei um vago e votei num vate
Contei um conto e paguei um ponto
Lacei o vento e cozi no peito
E dei a lida por cumprida
Só prá te ter passageira
No vagão da minha vida
No vagão da minha vida
* Fonte: CD Flor do Cerrado, de Kátia Rabelo (2005).