A falta de respeito para com as misses participantes do concurso Miss Brasil foi visível durante a realização deste, na semana passada, em São Paulo.

A começar pela mudança do local, anteriormente marcada para o Parque das Convenções do Anhembi e na última hora transferido para o Teatro Sílvio Santos, local pequeno e acanhado, onde as delegações dos estados ficaram impossibilitadas de comparecer.

No entanto, nenhuma indelicadeza se compara à sofrida pela nossa Miss Minas Gerais, Lara Lúcia e pela Miss Bahia, quando mereceram o julgamento da jurada Joyce Kerman, proprietária da academia, que preparou as meninas, ao considerar num concurso de beleza detalhes que deixaram os brasileiros simplesmente embasbacados.

A infeliz funcionária do SBT acabou por ferir profundamente a todos nós patenses, pois mostrou que, além de incompetente ao extremo, não tinha a menor capacidade para julgar o título de Miss Brasil e Lara ficou colocada em 3.º lugar. Menos mal, afirmam alguns, pois agora a Rainha do Milho está livre para continuar sua vida, sem ter que assinar “contratos” unilaterais com a rede de televisão do Sr. Abravanel, que continua o mesmo “moleque” de sempre, sem o menor respeito para com as pessoas e principalmente com os mineiros. De qualquer forma, valeu a participação brilhante de nossa Lara, que mostrou, antes de mais nada, ser dona de muita personalidade. Parabéns garota.

* Fonte: Texto publicado na edição de 16 de abril de 1988 do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Fenamilho.com.br.