TEXTO: WALDEMAR ANTÔNIO MENDES (1980)
Patos de Minas, a capital do Alto Paranaíba, a terra do Milho e do Fosfato e de muitos outros ingredientes, antes mesmo de se saber: há ou não há eleições, começa o bailado ou o samba dos candidatos a candidatos ao cobiçado cargo de Prefeito fosforicado.
Vamos falar de alguns, dos muitos, pelos eleitores e chefes mencionados; comecemos pela elegância e beleza, do engenho e da arte da mulher patense.
Nas altas rodas, há um ar de esperança e um aceno ao progresso com a eleição de uma das esperanças deste torrão.
Doutora Elvira Ferreira Porto Cordeiro, cultora do Direito e do saber, manipula a História, desvenda os mistérios de antanho; Doutora Terezinha de Deus Fonseca, cultora da filosofia e do pensamento; Doutora Maria da Penha Castro Olivieri, a indomita Educadora, a mestra que não conhece dificuldades.
Puxando o cordão dos homens ao cargo, honroso e nobilitante, da comunidade, temos Dr. João Batista Nogueira, o cidadão patense, pela edilidade, pelos seus méritos e enquanto Mercedes benze, Maria reza; Dr. Sebastião Silvério de Faria, o ex-prefeito que não ficou rico, mourejou em nosso meio, o povo o conhece; Dr. Waldemar da Rocha Filho, o que fica por Detrás… da cortina, foi também prefeito, não sei o que vendeu… mas deve ter vendido… fez pontes e Poli… p/ o Estado, é muito bonzinho; Dr. Antonio Vieira Caixeta, o médico da Rádio Princesa de ideal galopante, vem aí…; Antonio Basílio Leal ( o Prego), não brinquem que o prego fura, se pudesse falar gíria, diríamos “é uma boa”, de cor ao ambiente; Ilídio Alves Neto, o Brasil que o diga…; vem quente, Macarronada e bacalhoada; Macarrão na Prefeitura, a cidade terá mais sepultura; O Sebastião Versiani, ex-candidato, vai voltar com força total, ninguém aguentará mais o baixinho, pequeno mas resolve; O meu amigo José Maria Vaz Borges responderá presente nas urnas (se a eleição vier), jornalista amigo de Patos de Minas, nada há que o proíba assentar-se no Trono Municipal; Fala-se muito no Dr. Dercílio Amorim, este é o bom; rapaz probo, está do lado de Todo e de Qualquer Prefeito, não se enraivece, sempre tranquilo e do lado do Governo, Também o rapaz não é nenhum besta… Ainda apoiado por Multi, vem o parente – o cultor do Alto Paraíso – Hélio Amorim, muito bom, trabalhador, dizem que é até honesto. O dono da telefônica, Olegário Caetano Porto, conheço de perto, é bom sujeito, nada há que o desmereça, poderia ser bom prefeito; mas ainda temos a Cerâmica, isto não gente, o Sr. Jujú Maia, progressista para ele é claro, vamos vê-lo dirigindo o povo; e, um outro, muito falado, que não tive prazer de conhecer de perto, o Sr. Pé de Boi, aí do Município, deve ser muito bom pois, geléia de mocotó dá resistência.
De modo que se houver eleições, teremos muitas e muitas opções para nossa escolha; entretanto… paira-nos uma dúvida… O Pedro ainda não falou, e no seu colete deve estar o Candidato do Povo, aquele que será eleito. Não falamos no Jornalista Oswaldo Amorim, isto porque se não houver eleições e houver intervenção… ele será o Prefeito.
* Fonte: Texto publicado com o título “O Baile dos Candidatos…” na edição de 19 de abril de 1980 do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Robertlobato.com.