No último sábado, este redator, passou em frente à portaria do Patos Social, enquanto se preparava para ir a Academia Cristiane Moraes, ver uma exposição de fotografias ali expostas e conversou com o Relações Públicas daquele tradicional clube patense, Antônio Marques, indagando a hora que iria começar o baile que seria ali realizado. E fui informado que seria por volta das 23:00 horas. Depois de ter visto a exposição voltei ao Social, para poder fazer uma cobertura sobre a vinda de Maria Creuza a Patos e sobre o baile. Apresentei minha carteira de imprensa para o porteiro, ele pediu-me que esperasse o outro porteiro de nome Márcio, que estava em cima. Logo em seguida o Márcio, desceu, e conversei com ele, ele informou-me que não seria possível a minha entrada, pois eu não tinha convite. Enquanto nós estávamos conversando entrava o nosso colega de imprensa Wilson Carvalho, sem apresentar convite, somente apresentando o VIP da Secretaria. Depois deste lastimável acontecimento procurei o Antônio Marques que depois já se encontrava na portaria e o mesmo me informou que realmente eu não entraria sem convite, e que se eu quisesse, ele iria até a Secretaria buscar um para mim. Nesta altura dos acontecimentos já não me interessava em fazer tal cobertura jornalística.
Como militante já há vários anos na imprensa patense, e como assíduo frequentador do Social, quando ali são realizados reuniões, jantares de congraçamento, este lamentável acontecimento me chocou muito. Gostaria de estar aqui registrando o baile que foi realizado naquele Clube tradicional de nossa cidade, e não reportando este acontecimento. Espero que fatos lamentáveis deste porte não venham mais acontecer.
Esio Nogueira – Redator.
* Fonte: Texto publicado com o título “Barrados no Baile” na edição de 28 de março de 1985 do Jornal dos Municípios, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Americanas.com.br.