DE EITEL@TERRA PARA FERNANDO@CEU – 2

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TEXTO: EITEL TEIXEIRA DANNEMANN (2024)

Bênça, pai!

Legal demais da conta é que tão logo o senhor leu esse Bênça, pai! imediatamente eu tive a sensação de uma justa resposta que sempre nos acompanhou aqui na Terra:

– Deus te abençoe, filho!

Tá lembrado da data de hoje, né. Pois é, 26 de junho, o fatídico dia em que o senhor nos deixou para ir morar aí no Céu. É o segundo ano de sua partida definitiva. Fique tranquilo que não vou cair na esparrela do sentimentalismo barato ao afirmar o quanto o senhor me faz falta, o tanto que o senhor faz falta à minha mãe e o tanto que o senhor faz falta aos meus irmãos. Mas, entretanto, não tem como todos nós não sentirmos deverasmente a sua ausência, completado esse segundo ano.

Meu querido Fernandão, é evidente que já se encontrou com o Manezinho Mendonça  aí em cima¹. Êta companheiro e amigo porreta que foi esse em nossas vidas, né. Lembra que eu comentei sobre o campeonato de futebol que estava sendo organizado aí no Céu e que a turma patense estava preocupada e que quando o Hélio Amorim deu a notícia que o senhor tinha acabado de desembarcar no Céu a alegria foi tanta que já se imaginaram campeões²? Se a sua chegada aí para fortalecer o time patense já foi importantíssima, acredito que com a chegada do Manezinho Mendonça a coisa ficou boa demais da conta. Será que só vou ficar sabendo disso tudo aí somente quando chegar a minha vez de partir para reencontrá-lo?

Nessa, vou repetir aqui o que eu comentei quando se completou um ano de sua viagem para o Céu: Pois é, Fernandão, aqui em Patos de Minas eu vou seguindo a minha vida porque, o senhor sabe muito bem disso, não tenho como parar de seguir a minha vida. Isso, óbvio, até acontecer o que aconteceu contigo. Mas espere mais um pouco, viu, meu querido pai, pois antes de reencontrá-lo, pretendo ficar aqui embaixo por muito tempo ainda. Aguenta aí!

É isso aí, querido papai. E não é que cheguei aos 67 anos de idade? Muita gente não acredita quando eu afirmo categoricamente que no dia 29 de maio passado recebi energias positivas descendo firmes e forte até mim. Ah, e para não esquecer jamais, o Anedino e o Alfredinho, sabendo que eu ia enviar essa mensagem para ti, fizeram questão de mandarem um abraço forte porque os dois têm muito orgulho de terem sido seus amigos e colegas de pelejas no meio futebolístico.

Comunico-lhe que a nossa querida mamãe, a Alda que você tanto amou e respeitou aqui na Terra, está muitíssimo bem cuidada por todos nós filhos. Ora, se, e eu nem precisava de tocar nesse assunto, né Fernandão, pois daí de cima o senhor sabe perfeitamente disso tudo.

Querido Fernandão, completou-se hoje dois anos de sua ausência. É duro, duríssimo, de repente não ter ao meu lado diariamente uma pessoa que tanto amo e que tanto, juntamente com minha mãe Alda, formatou o meu caráter. Enquanto o senhor está no Céu, vou honrando em Patos de Minas e em qualquer lugar desse planeta Terra, o seu nome e o de minha mãe Alda, com muito orgulho! E que orgulho eu tenho de mim mesmo por ter a certeza absoluta que estou honrando aqui na Terra o seu nome e o de minha mãe.

Sua Bênça Celestial, meu pai Fernando Kitzinger Dannemann!

* 1: Manezinho Mendonça faleceu em 30 de janeiro de 2024. Leia “Manoel Caixeta de Mendonça”.

* 2: Leia “Seleção de Futebol Patense no Céu”.

* Foto: Arquivo de Eitel Teixeira Dannemann.

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