TEMPERA-VIOLA

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PÁSSAROS.

O Tempera-Viola (Saltator maximus) é uma ave passeriforme da família Thraupidae, com cinco subespécies. Também conhecido como Estevam (Bahia), Sabiá-Gongá (Pará e Pernambuco), Sabiá-Pimenta e muito confundido com o Trinca-Ferro verdadeiro (Saltator similis), daí alguns o chamarem pelo mesmo nome.

Mede cerca de 19,5 cm de comprimento. Não apresenta dimorfismo sexual. O canto é uma estrofe curta e suave. Possui manto com uma bela coloração amarelo-esverdeada que se estende até a cauda com a mesma coloração. Apresenta a lateral da cabeça, peito e parte superior do ventre na cor cinza, o baixo ventre e crisso na cor canela; a sobrancelha é curta e espessa, indo do loro até os olhos; bico na cor cinza grafite é forte, maior e mais afilado que os demais do gênero. A garganta possui duas manchas malares escuras nas laterais como um prolongamento da mandíbula, mancha clara entre elas, abaixo, na porção final das manchas escuras e entre elas, uma mancha castanha que varia de tamanho em cada indivíduo. Pernas e pés na cor cinza. Difere do Trinca-Ferro verdadeiro pela coloração mais amarronzada do dorso, cauda verde e, principalmente, pela mancha de coloração marrom no pescoço que pode variar de tamanho.

Os jovens possuem as cores do dorso e peito esmaecidas, não tão bem definidas como no adulto. Também apresenta comissura labial distinta e bastante pronunciada, de fácil identificação. Não apresentam a plumagem de indivíduos adultos antes dos três ou quatro meses. Sua plumagem diferenciada apresenta o queixo branco e garganta manchados; o supercilio é manchado de verde oliva e a coroa é verde oliva opaco; o baixo ventre e o crisso são acastanhados.

Na natureza, atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz um ninho grosseiro com gravetos, folhas e gramíneas, em formato de tigela profunda. Põe de 2 a 3 ovos azul-claros manchados, com o período de incubação variando de 12 a 15 dias, tendo de 2 a 3 ninhadas por estação.

Presente em toda a Amazônia e nas regiões central e leste do Brasil, estendendo-se para o sul até o Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. Encontrado também do México ao Panamá e nos demais países Amazônicos: Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia e Paraguai. É comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas com árvores isoladas, capoeiras e plantações, principalmente em regiões mais úmidas. Não penetra em regiões serranas. Vive solitário ou aos pares e em bandos mistos pelas copas ou então, pelo estrato médio.

Adapta-se facilmente em qualquer ambiente, tanto em viveiros quanto em gaiolas, desde que receba alimentação e higiene adequada. A gaiola deve ter 80 cm de comprimento x 40 cm de altura x 40 cm de largura.  O ninho é tipo taça, feito em arame e sisal, com 12 cm de diâmetro e 6 cm de profundidade, com  forração de fibra de sisal, fibra de coco ou raiz de capim. Pode ser utilizado um vaso de xaxim como ninho. O acasalamento é durante a primavera e o verão. O macho deve ser retirado assim que galar a fêmea, evitando brigas e ferimentos. São 2 a 3 posturas por temporada, de 2 a 3 ovos, com 13 dias de incubação, podendo os filhotes serem separados da mãe aos 35 dias de idade.

Água filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo. Areia limpa, esterilizada, podendo ser fornecida junto com um complexo mineral. Oferecer cerca de 5 larvas de Tenebrio molitor para cada pássaro 3 vezes por semana. Para fêmeas com filhotes dar, por dia, até 30 larvas. Farinhada para fêmeas em reprodução: Mistura de 50% de fubá grosso de milho e 50% de ração de postura para Codorna. Farinhada para fêmeas com filhotes e na época de muda: Mistura a base de ovo cozido, flocos de milho pré-cozidos e farelo de soja.

A propósito, o porquê de receber o nome de Tempera-Viola fica apenas na especulação. Uma teoria é que o pássaro não se faz de arrogado diante de um som de instrumento e manda ver na cantoria, engrossando a música. Mas, é apenas uma especulação.

* Fontes: Wikiaves, agro20.com.br e sopassarinhos.blogspot.com.

* Foto: Wikiaves.

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