A história da música popular brasileira que hoje cumpre o ritmo de transformação da sociedade no mundo cultural, se alinha como um subproduto do mercado de educação sendo obrigada a um retrocesso de confronto à raiz da nova raiz.
Nesta cidade que sempre teve uma sequência musical, por um bom tempo ficou ociosa de grupos e conjuntos musicais que sempre tentaram ascender o pendão de origem musical. Numa região de total cunho rural desponta-se pelo compromisso do povo mineiro em divulgar toda expressão cultural e histórica abraçando o quadro memorial do lugar.
Hoje esta cidade está tomada totalmente por mãos dessa origem no qual consolida-se depois da constituição de três grupos brilhantes que vêm no dia a dia contribuindo para o enriquecimento musical: filhos do próprio resultado anterior como o “GRUPO CARAMBOLA”, quatro cabeças vindas da nata anterior.
Estimulados pelos amigos e principalmente o instinto familiar: os Irmãos Dias pelo próprio intuito familiar despontam-se no resultado com a formação do “GRUPO RENASCENÇA”.
A idéia principal que vem cumprindo pelo trabalho bastante sério com uma proposta rica de grandes entidades que têm uma história composta de méritos artísticos pela própria coerência nos trabalhos realizados, e vem provar totalmente hasteando a bandeira de nossa raiz, depois de constituído o “GRUPO REGIONAL CARINHOSO” formado por:
Orlando Rabelo − um grande artista que sempre revelou bastante êxito nas rimas do fole de sua amiga sanfona.
Walter Borges − adestrado violonista, um músico que sempre revelou seu lado artístico pelo seu trabalho sério e sensibilidade musical.
Dizinho − (Pai do nosso amigo Marcos Rassi), um excelente músico pelo seu alto grau de percepção musical, intérprete e conhecedor de vários autores pertencentes à história da Música Popular Brasileira. Seu instrumento no Grupo é violão de sete cordas.
Marco Antônio Comini − um músico de grande persistência que trabalha lado a lado com sua flauta transversal enriquecendo assim o corpo melódico e harmônico do Grupo, se revela muito pela sua atuação paralela aos eventos e atividades culturais realizadas na cidade. É também um grande intérprete.
Maestro Venerando − Maestro da Banda do 15.º BPM – uma entidade que veio comprovar o trabalho de vários anos dessa orquestra que agora contribui sempre na incrementação de todos atos cívicos e culturais da cidade e região. É um grande compositor e arranjista e ativa sua política de ação divulgando todo o trabalho do artista patense pelas canções tocadas pela Banda. Seu instrumento no Grupo é a clarineta.
Leninha − uma pessoa bem próxima atualmente das atividades culturais e artísticas da cidade, se destaca imensamente pela sua linda voz com interpretação extraordinária, divulgando todo o trabalho do Grupo.
Caroca e Hélio − que sustentam o balanço do Grupo no ritmo do pandeiro, tamborim e afoxé.
Soninho − é um músico nato com sua exímia percepção musical, é o tecladista do Grupo e também é um dos arranjistas de grande relevo. Participa do Grupo Renascença e se destaca há muitos anos dentro da órbita musical da cidade.
Anísio Dias − também participa do Grupo Renascença, excelente violonista, professor de violão e se dedica dia-a-dia abraçado em seu instrumento musical. No Grupo é a base fixa em instrumentos de corda.
O “GRUPO REGIONAL CARINHOSO” vem realmente mostrar o âmago musical brasileiro tendo um estilo variado, com uma política de trabalho de divulgação dos melhores autores antigos e também os novos que despontam voltados nesta perspectiva próxima: quando brilha cantando as belas serestas, chorinhos, sambas e outras canções trabalhadas pelo Grupo, o “GRUPO REGIONAL CARINHOSO” surgiu do próprio carinho musical quando intitula esse grande encontro de amigos no conforto do ninho carinhoso da mão de Pixinguinha.
O grupo está montando um show que será realizado dia 09 de julho no Auditório da Rádio Clube de Patos às 20:00 hs., merecendo a presença de todos pois a perspectiva é bastante positiva: “com o resultado de energia ligado do artista ao público”.
* Fonte: Texto de Eugênio Pacelli (Civuca) publicado na edição n.º 71 de 30 de junho de 1983 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.
* Foto: Um parágrafo do texto original.