Ela tem início na Avenida Tomaz de Aquino¹ e em linha reta, após cruzar com suas colegas Padre Pavoni e Neto de Deus Vieira, termina seu percurso na Major Gote, em frente ao UNIPAM. Pois é, pelo que se saiba, nunca teve a existência por aqui de nenhum representante da nação indígena Xavante². Mesmo assim, denominaram essa via de Rua dos Xavantes. E é nessa que a coisa se complica, unicamente pelas malfadadas atrapalhadas do poder público. Por quê? Veja só o que determina o Art. 1.º da Lei n.º 973 de 27/05/1968: Fica denominado de “João Maria da Silva” a rua dos Xavantes, da planta da cidade, consequentemente, o Sr. Prefeito autorizado a proceder ao respectivo emplacamento. Está claro que a Lei não identifica o local “da planta da cidade” em que se localiza a via. Assim, passados 53 anos, eis aqui, firme e forte, a Rua dos Xavantes. Será que o prefeito da época, Ataídes de Deus Vieira, esqueceu do emplacamento e ficou por isso mesmo? Ô Rua João Maria da Silva, cadê você?
* 1: Nesse edifício em construção à direita, um imóvel “deixou saudade”. Leia “Deixarei Saudade − 2”.
* 2: Leia “A Questão dos Índios”.
* Texto e foto (29/09/2021): Eitel Teixeira Dannemann.
