CARNAVAL DE 1943

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Os festejos de Momo, este ano¹, como era natural, transcorreram sem grande animação, dada a situação do país.

Embora a nossa gente nunca se deixasse dominar completamente pela “furia momesca”, tivemos sempre, nos anos anteriores, cordões e bandos percorrendo toda a cidade ao som de sambas e marchas carnavalescas.

No carnaval que passou nada disso se via, havendo por parte do povo uma atitude especial de reserva.

Todos os clubes da cidade, entretanto, abriram os seus salões e comemoraram entre folguedos e alegrias o tríduo da folia.

Entre os clubes elegantes, era de ver a animação, a ruidosa alegria dos festejos na Sociedade Recreativa que este ano, incontestavelmente, deu a nota, para lá convergindo a maioria de nossa sociedade.

Entre todos os foliões, sobressaiu o sr. Antonio Caixeta da Silva que levou a palma e seria o eleito, caso houvesse eleição do Rei Momo.

A Diretoria da Recreativa, representado por seus presidentes João Borges de Andrade e Ilídio Pereira da Fonseca, está de parabéns pelo exito alcançado.

A Diretoria do Patos Social Clube parece não ter envidado os esforços costumeiros para que o carnaval em seus salões tivesse o mesmo brilho dos outros.

* 1: Leia “Monsenhor Fleury Opina Sobre o Carnaval em Tempos de 2.ª Guerra”.

* Fonte: Texto publicado com o título “Festas Carnavalescas” na edição de 14 de março de 1943 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Dois primeiros parágrafos do texto original.

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