Em 1961, realizou-se o Congresso, que marcou época nos anais da história da Igreja em Patos de Minas, com como nos da própria cidade. Foi o I Congresso Diocesano das Vocações Sacerdotais. Realizou-se de 25 a 29 de outubro, por ocasião do jubileu áureo sacerdotal do Monsenhor Manuel Fleury Curado, em sua homenagem idealizado por D. José André Coimbra.
A Praça do Congresso foi na Avenida Getúlio Vargas, em frente ao antigo Fórum, com bonito altar-monumento, onde o símbolo do sacerdócio derramava-se sobre as 20 paróquias da Diocese. Abriu-se o Congresso na tarde de 25, com a chegada do fac-símile da imagem verdadeira de Nossa Senhora Aparecida, trazida da cidade de Aparecida do Norte pelo Padre Vitor Coelho de Almeida e recebida com grande entusiasmo pelo povo, autoridades e clero na Praça do Congresso.
Além de todos os patenses participando ativamente, tivemos ainda mais de 5000 congressistas provenientes de todos os recantos da Diocese. Dentre os conferencistas do Congresso, destacamos o Padre Orlando Machado, Deputado Plínio Salgado, Cônego Antônio Pacheco e Monsenhor Álvaro Negromonte. Foi quando Patos de Minas teve oportunidade de hospedar o maior número de Bispos, ainda com a presença do Cardeal Carmelo de Vasconcelos Mota, que aqui chegou no dia 26, permanecendo entre nós durante quatro dias. Além do Bispo Diocesano, D. José André Coimbra, nós tivemos assistindo ao Congresso: D. José Newton de Almeida, Arcebispo de Brasília; D. José de Almeida Batista, de Sete Lagoas; D. José Alves Trindade, de Montes Claros; D. Eliseu van de Weijer, de Paracatu; D. Belchior Joaquim da Silva Neto, de Luz; D. Rodolfo das Mercês de Oliveira Pena, resignatário de Valença; D. Serafim Fernandes de Araújo, de Divinópolis; e D. Alexandre Gonçalves do Amaral, de Uberaba.
No dia 28, data do jubileu do Monsenhor Fleury, deu-se a consagração da Igreja Catedral, pelo Arcebispo de Brasília, com assistência do Cardeal de São Paulo e de todos os Bispos presentes em nossa cidade.
Eis o Hino Oficial do Congresso e do Jubileu, com letra e música do Padre Antônio Alves de Oliveira:
Hoje, em gala, estas plagas se alegram
Por um novo e festivo albor,
Pois Cidade e Diocese celebram
Jubileu áureo de Monsenhor.
Ó Jesus, Sacerdote Supremo,
Graças mil pelo ensejo sem par
De podermos com gáudio extremo
Tão feliz jubileu celebrar.
Esta data entre toda notável
Fica aos pósteros sempre gravada
Por um grito sacral memorável
− Catedral que em festa é sagrada.
Do Congresso que aqui se reúne,
Com estudos e a Deus orações,
Como escopo que a todos nos une
Surjam muitas de escol vocações
Nossa voz de louvor se encaminha
Conduzida, de Deus até o trono,
Por Maria, do Clero Rainha,
Por Antônio o excesso patrono.
* Fonte: Patos de Minas: Capital do Milho, de Oliveira Mello.
* Foto: Monsenhor Manoel Fleury Curado, do arquivo da Escola Estadual Monsenhor Fleury.
