LYSÂNEAS DIAS MACIEL ATÉ 1981

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Nascido em Patos de Minas, aos 23 de dezembro de 1926, filho de Dr. Antônio Dias Maciel e D. Ordália Pinto Maciel.

Cursou o primário nas classes anexas da Escola Normal Oficial de Patos de Minas, onde muito pequeno, conforme lembra sua tia D. Risoleta, “participava das festas escolares, como por exemplo, cantando um minueto com os colegas Délio Fonseca, Virmondes (seu primo) e Celso de Paiva e as colegas Coraci (sua prima), Chanfra e Waldete Nascimento”.

Seu pendor artístico no tempo de criança é também exaltado por D. Zulmira Bonfim, que lembra sua brilhante participação na peça “Bebi para esquecer”, de autoria de seu pai, ao lado de Randolfo Mundim, Ada Fonseca e outros.

Filho de pais evangélicos, seu destino para continuação dos estudos àquela época, não poderia ser outro, que não o tradicional Instituto Gammon, em Lavras (MG).

Ingressa depois, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro e permanece naquela cidade até a presente data.

Fez cursos de especialização em Direito do Trabalho, no Brasil e no Exterior e foi Assistente Jurídico do Ministério do Trabalho.

Correndo em suas veias o sangue político dos “Maciéis”, é como Deputado Federal, pelo então Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, eleito e reeleito pelo MDB, que se realiza politicamente. Foi Vice-líder da oposição, Presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e membro efetivo das Comissões de Constituição e Justiça e da Legislação Social.

Em 1974, foi eleito o “Melhor Deputado do Ano”, pelos jornalistas credenciados na Câmara dos Deputados e naquela época, os jornais publicaram:

“Lysâneas Maciel (MDB-GB), foi o único Deputado apontado como um dos “10 melhores” nas três relações”. (“Diário de Brasília”).

“O Deputado Lysâneas Maciel, do MDB carioca, foi o único a figurar nas três relações, sendo por isso considerado o ‘melhor deputado do ano'”. (“O Estado de São Paulo”).

“Lysâneas foi considerado o melhor deputado do ano pelos jornalistas credenciados na Câmara dos Deputados. Figurou nas três listas organizadas, caso único em toda a história da Câmara. E realmente, em nenhuma lista que se fizesse na Câmara, o nome de Lysâneas Maciel poderia ser omitido”. (Tribuna da Imprensa”).

Em 1975, foi novamente escolhido pelos jornalistas que cobrem as atividades da Câmara, entre os 7 melhores deputados. Em 1976, depois de um discurso apontado pela imprensa como violento, teve seu mandato cassado.

Atualmente, anistiado, é membro da Direção Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e seu 1.º Vice-Presidente, no Estado do Rio de Janeiro.

Falando de sua ligação com a terra natal, afirma: “embora minha ação política em favor de nossa Patos de Minas não tenha tido a expressão que eu desejava, lembro o seguinte:

− Contribuição financeira permanente a vários educandários e órgãos de assistência social e hospitalar de Patos;

− Luta, especialmente como presidente da Comissão de Minas e Energia, para que o fosfato de Patos não escapasse para as multinacionais;

− Projeto específico de criação da Escola Agropecuária de Patos de Minas.

Este projeto tomou-nos vários meses de elaboração, estudos e pesquisas, conforme se pode ver, pelo seu volume. Foi aprovado por unanimidade em todas as Comissões Técnicas e no Plenário da Câmara dos Deputados, em 1974, até esbarrar na fria determinação do Senador, hoje biônico, João Calmon e de seus companheiros de partido”.

“Elaborado sem qualquer preocupação partidária ou eleitoral, sua necessidade parece-nos inegável. No mês passado, discuti sua viabilidade com o ilustre Secretário do Estado de Minas Gerais, Deputado José Machado, que está à disposição dos patenses para ajudar a torná-lo uma realidade”.

“A DEBULHA que tanto tem se preocupado com o assunto, poderá dar a contribuição definitiva, promovendo um seminário, pois a medida conta com a simpatia de autoridades e parlamentares de quase todos os partidos. O Secretário Deputado José Machado, está mesmo disposto a ir a Patos, para discutir o assunto¹”.

Crente evangélico, é Presbítero da Igreja Cristã de Ipanema, Rio de Janeiro e representante na Organização das Nações Unidas (ONU) do Congresso Mundial de Igrejas, onde é Presidente da Comissão de Justiça e Serviço.

É casado com a Sra. Regina de Moura Carijó e tem três filhos.

NOTA: Lysâneas Dias Maciel faleceu em 06 de dezembro de 1999. Leia “Lysâneas Dias Maciel − Falecimento”.

* 1: A Escola Agrícola foi criada em 1989. Leia “A Escola Agrícola do Tempo da Odite”.

* Fonte: Texto publicado na coluna Conterrâneo Ausente com o título “Dr. Lysâneas Dias Maciel” e subtítulo “Ex-Deputado Federal pelo MDB do Estado da Guanabara – Atual 1.º Vice-Presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista) do Estado do Rio de Janeiro” na edição n.º 25 de 31 de maio de 1981 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Ogolpemilitar.vix.com.

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