Venho por meio da Folha de Patos comunicar ao respeitavel publico de Patos, e dos municipios visinhos, que tendo resolvido transferir-me, definitivamente, para Belo Horizonte, onde acabo de fundar, com o valioso apoio e cooperação de dedicados amigos, o Ginasio Getulio Vargas, passei nesta data, mediante venda, sem nenhum “onus”, dívidas ou qualquer encargo, ao Revmo. Mons. M. Fleury Curado, mui digno Pároco desta cidade, o Ginasio Municipal Benedito Valadares¹, de minha propriedade.
Ao fazer esta comunicação cumpre-me o grato dever de fazer os meus agradecimentos, primeiramente ao digno Prefeito Municipal, o Sr. Clarimundo da Fonseca Sobrinho, ao qual devemos relevantes auxilios ao Ginasio. Outrossim agradeço ao seu dedicado fiscal federal, o Sr. Dr. Adelio Dias Maciel. Ao Revmo. Mons. M. Fleury Curado os nossos agradecimentos. Ao Revmo. Padre João Balke, que com os seus admiraveis esforços e dedicação tornou-se a “alma-mater” do Ginásio, os meus maiores agradecimentos.
Extendo os meus agradecimentos e peço mil desculpas aos dedicadissimos auxiliares, os Snres. Professores Oliveiros Marques de Oliveira, Dr. Antonio Ferreira Maciel, Aguinaldo Magalhães Alves, Aristides Memoria, Alceu Amorim e D. Loide Ribeiro.
Não podemos deixar de agradecer aos Snres. Pais de Familia que matricularam os seus filhos no Ginasio e os confiaram aos meus cuidados. Finalmente os meus agradecimentos a essa brilhante mocidade que frequentou o dito Ginasio e que sempre me distinguiu e me acatou.
De todos me despeço, e em Belo Horizonte, no Ginasio Getulio Vargas, continuo com muito prazer ás ordens de todos. Deixo na minha querida cidade de Patos o Ginasio Municipal “Benedito Valadares” e o Tiro de Guerra 283.
Patos, 21 de dezembro de 1942.
Anair José de Sant’Ana.
* 1: Leia “Ginásio Municipal de Patos” e “Histórico Prédio Escolar Que Não Mais Existe”.
* Fonte: Texto publicado com o título “Ginasio Municipal Benedito Valadares” na edição de 27 de dezembro de 1942 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.
* Foto: Arquivo de Donaldo Amaro Teixeira.