Nas ferrarias antigas não podiam faltar instrumentos como o cavalete ou safra; o calçador, a talhadeira e o ponteiro encaixados em “vergueiros” de carvalho, rachados numa ponta e apertados por argolas ou arames, para calçar, cortar ou furar sobre a safra; os tufos (tacos de ferro para fazer o olho das enxadas, dos machados, etc.); a sofrideira, para dar as formas ao ferro; a craveira, para fazer as cabeças dos cravos e dos pregos; a rosca, para fazer as roscas dos parafusos; as tenazes de vários tamanhos e formas; o engenho de furar; e o rebolo para afiar a ferramenta, constituído por uma pedra redonda, como uma pequena mó de moinho, apoiada ao centro num ferro com um dos lados em forma de manivela para ser acionando pelo pé. Tudo isso estava presente nas bem montadas officinas do Augusto Cesar, com suas machinas aperfeiçoadas. Augusto também era craque em ferração e referração de carros.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Fonte sobre ferrarias: Destaquenoticias.com.br.
* Foto: Anúncio publicado na edição de 1.º de novembro de 1914 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.