Nas ferrarias antigas não podiam faltar instrumentos como o cavalete ou safra; o calçador, a talhadeira e o ponteiro encaixados em “vergueiros” de carvalho, rachados numa ponta e apertados por argolas ou arames, para calçar, cortar ou furar sobre a safra; os tufos (tacos de ferro para fazer o olho das enxadas, dos machados, etc.); a sofrideira, para dar as formas ao ferro; a craveira, para fazer as cabeças dos cravos e dos pregos; a rosca, para fazer as roscas dos parafusos; as tenazes de vários tamanhos e formas; o engenho de furar; e o rebolo para afiar a ferramenta, constituído por uma pedra redonda, como uma pequena mó de moinho, apoiada ao centro num ferro com um dos lados em forma de manivela para ser acionando pelo pé. Será que tudo isso estava presente na Oficina de Ferreiro de Samuel Americano de Faria? Não se sabe, mas ele afirma: habilitado a fabricar toda e qualquer ferramenta com capricho e promptidão, garantindo um serviço perfeito.
* 1: Antigamente a denominação Várzea compreendia duas áreas distintas: Baixo da Várzea, que hoje é o Bairro do Brasil, e Alto da Várzea, próximo ao centro, nas imediações do Café Cristal.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Fonte sobre ferrarias: Destaquenoticias.com.br.
* Foto: Anúncio publicado na edição de 19 de março de 1911 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.