A situação da Lagoa Grande em Patos de Minas é lamentável. Com parte da margem assoreada, o cartão postal da cidade, porta de entrada para quem chega ao Terminal Rodoviário, está em situação de abandono. O assoreamento da Lagoa Grande vem aumentando com o tempo e é causado pelos resíduos que são despejados em suas águas. Há mais de 30 anos, as águas das chuvas, enxurradas e o escoamento da Copasa são lançados nas águas da lagoa. A lâmina d’água diminuiu, e tornou o problema mais visível no período de seca. Diante do problema, que começou a ser amplamente discutido em meados de 2013, o Ministério Público interferiu e pediu a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) por parte do Município e da Copasa para resolver o problema.
No final de 2013 a Copasa anunciou a contratação de uma empresa de engenharia ambiental para realização de estudo técnico e orientação para as medidas que deveriam ser implantadas para desassorear a Lagoa Grande. O prazo para conclusão do trabalho de pesquisa era de 90 dias e até hoje nenhuma intervenção foi feita. Em nota a Copasa informou que um estudo topográfico para lançamento de água na Lagoa Grande está sendo desenvolvido pela prefeitura de Patos de Minas. A Companhia, em parceria com o município, vai desenvolver o dimensionamento e o projeto para implantação do sistema de abastecimento na lagoa. Durante o período de desenvolvimento deste projeto, a Copasa continua abastecendo a Lagoa Grande para que ela não seque. A Copasa também informa que a água lançada na Lagoa Grande é de boa qualidade.
O prefeito Pedro Lucas falou sobre a contrapartida do Município para resolver o problema. “Já fizemos um convênio com o Governo Federal da ordem de R$ 630 mil estamos aguardando o recurso e abrindo o processo licitatório para contratar empresa para desassorear a Lagoa Grande que inclui a limpeza e obras complementares. Estamos abrindo também processo licitatório para melhoria da iluminação naquele local. Nós precisamos que a Copasa seja parceira. Nos reunimos coma diretoria da Copasa em Belo Horizonte levamos o problema para mostrar que ela também é responsável pela solução. Só o projeto de desassoreamento será na ordem de R$ 1 milhão”, afirmou.
Quanto à questão do abastecimento da Lagoa Grande, Pedro Lucas explicou que o estudo topográfico foi favorável ao aproveitamento da água do Mocambo. “Se nós pudermos aproveitar a água do Mocambo estaremos contribuindo com o meio ambiente. Os estudos vão avaliar agora a quantidade, a qualidade da água e a viabilidade da água do Mocambo chegar até a Lagoa. Tudo indica que não terá nenhum problema. Caso não seja favorável teremos que furar poços artesianos e nós vamos fazer,” comentou o prefeito.
* Fonte e foto: Texto de Rejane Gomes publicado com o título “Cartão Postal da cidade continua em situação de abandono” e subtítulo “Nenhuma intervenção foi feita para acabar com o assoreamento da Lagoa Grande” na edição de 19 de julho de 2014 do jornal Folha Patense.