Definitivamente o feijão entrou na era espacial, com seus complicados mecanismos, e a W. Cunha Cereais, de Walter Cunha, é uma prova disso. A empresa se dedica ao beneficiamento e empacotamento do feijão Jóia, todo consumido pelo mercado paulista. O beneficiamento é feito por uma complicada máquina, “mas de manejo muito simples”, conforme explica o sr. Walter Cunha, chamada Seletron. Nela os grãos de feijão são separados pela cor através de um processo de células fotoelétricas. O Seletron, de fabricação nacional, separa em cada 8 horas de serviço 30 sacas de feijão e pode ser regulado para separar qualquer tonalidade de grãos, inclusive separando os grãos mais claros dos mais escuros de uma mesma variedade. O resultado é um produto muito melhor, de cor homogênea, capaz de alcançar bons preços no mercado.
A W. Cunha Cereais tem atualmente três Seletrons, mas quer, agora, aumentar sua empresa que vai passar a ocupar uma área de 1.426 m² construídos, onde irão funcionar cinco Seletrons. A nova empresa contará também com um circuito interno de TV para acompanhar o trabalho de beneficiamento. Além de atender sua própria demanda, a empresa oferece ainda sua capacidade ociosa para que outros produtores possam selecionar o feijão que produzem. Walter Cunha recebeu este ano o título de Empresário Destaque de 1973 da Federação das Associações Comerciais do Estado de Minas Gerais pela difusão e implantação de tecnologia moderna em sua empresa.
* Fonte e foto: Texto publicado com o título “Feijão na Era Espacial” na edição de setembro/dezembro de 1973 da revista Extensão em Minas Gerais.
* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.