II FEIRA INDUSTRIAL E COMERCIAL

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A participação de expositores na II Feira Agroindustrial e Comercial de Patos de Minas (FIC – Patos) teve um crescimento considerável em relação à primeira edição do evento. Realizada pela Associação Comercial e Industrial e promovida e organizada pela Cadoro, do empresário Carlos Alberto Donâncio Rodrigues, o Xaulim, de 6 a 11 deste mês [setembro de 1988], a II FIC – Patos foi visitada por um público bem superior ao que esteve presente na I FIC, segundo nos garantiu o próprio organizador do evento. O crescimento na participação de expositores e no comparecimento do público, aliado a outros fatores positivos, propiciou a realização de negócios da ordem de Cz$ 30 milhões, concluídos somente durante a Feira, de acordo com cálculos de Xaulim.

Ao conversar com a reportagem de A DEBULHA, quando ainda fechava o balanço da II FIC – Patos, Carlos Alberto Xaulim nos informou que na ocupação da área livre houve um crescimento de 300% no número de expositores, ao passo que o crescimento da participação com stands foi de 50% em relação à I FIC. O empresário acredita que, além dos negócios concluídos dentro do período de realização da Feira, muitos outros foram fechados nos dias que sucederam o evento, graças a contatos mantidos pelos expositores.

O diretor-proprietário da Cadoro destacou a realização de dois eventos paralelos, que considera de grande importância: a Jornada Mineira para o Desenvolvimento, que trouxe a Patos os diretores de órgãos governamentais ligados ao setor empresarial, e o Encontro de Empresários da Região, que contou com a presença de Hiran Reis, presidente da Federação das Associações Comerciais de Minas (FACEMG). Além destes eventos, merece igual destaque a visita de três secretários de Estado – José Mendonça de morais, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Lindbergh Cury, da Indústria e Comércio do Distrito Federal; e Luiz Ricardo Goulart, da Indústria, Mineração e Comércio de Minas.

Melhor público – Os três secretários estiveram presentes à solenidade de abertura da II FIC, que, segundo Xaulim, teve uma presença de público bem superior àquela verificada na abertura do evento de 1987. Mas foi na noite de sexta-feira, dia 9 de setembro, que A Feira recebeu o maior público – 5.500 pessoas que foram se divertir com o “Clube do Bolinha”, um espetáculo que durou 4 horas e agradou em cheio ao povão, composto por admiradores do apresentador da TV Bandeirantes. Xaulim destacou que a maioria dos shows artísticos agradou a quem compareceu para assisti-los. Ele nos adiantou que apenas com os cachês dos artistas foram gastos Cz$ 4 milhões, sendo que a despesa total do II FIC ficou em cerca de Cz$ 9 milhões.

Apesar de seu elevado custo, a II FIC – Patos não foi deficitária. Este também é um bom motivo para se comemorar. Enquanto no ano passado a Feira apresentou prejuízo financeiro em seu balanço final, neste ano a II FIC produziu uma pequena parcela de lucro, conforme nos adiantou Carlos Alberto Xaulim. Isso talvez se explique pela experiência adquirida com a realização do evento pela primeira vez em 1987. “Tal experiência fez com que nós tivéssemos mais facilidade para organizar a II FIC”, salientou o diretor da Cadoro.

Xaulim apresentou como principal falha da II FIC – Patos, os constantes atrasos no início do Desfile de Moda e dos shows. Neste ponto, o empresário voltou a comentar que o desfile precisa ser apresentado no mesmo local onde são feitos os shows. Desta forma, caso seja a organizadora da Feira no ano quem vem, a Cadoro deverá buscar condições técnicas que viabilizem a realização dos desfiles na arena de rodeios, próximo ao palco de espetáculos artísticos. Os horários dessas duas atrações também deveriam ser alterados. Isso porque durante a II FIC verificou-se que o público só chega ao Parque de Exposições por volta das 21 horas, após terem assistido ao “Jornal Nacional” da TV Globo.

* Fonte: Texto publicado com o título “II FIC-Patos – Trinta Milhões em Negócios” e subtítulo “Realizada de 6 a 11 deste mês, a Feira Agroindustrial e Comercial gerou um bom volume de negócios” no n.º 194 de 30 de setembro de 1988 da revista A Debulha, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH)A DO Unipam.

* Foto: Compilação de Ficdistribuidora.com.br, meramente ilustrativa.

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