O cigarro de palha é tradição nacional e o mineiro fumante aprecia demais da conta. Antigamente só existia o fumo de rolo e o indivíduo tinha uma estupenda paciência para picar o produto e enrolar na palha, geralmente selada com saliva. A partir do final da década de 1990 começaram a surgir no mercado fabricantes artesanais, na medida certa para aqueles que não têm paciência para executar a arte de enrolar. É também muito comum nas cidades do interior fabricantes autônomos. A característica geral é que todos os cigarros são presos por pequenos anéis cortados de canudos de plástico. Mas eis que em Patos de Minas alguém resolveu elaborar um produto mais chique, usando o fumo Capoeirinha fabricado na vizinha Guimarânia. É o caso de João Batista Silva (67) e sua esposa Maria Aparecida Benfica Silva (66). Eles não usam os tradicionais anéis de plástico para amarrar o cigarro, e sim estes estilosos e delicados lacinhos de palha. É ou não é chique? Para quem é chegado, estão à disposição do freguês na Casa da Mandioca, localizada no Mercado Municipal, comandada pela neta Glícia Stefane Benfica (24).
* Texto e foto (16/12/2016): Eitel Teixeira Dannemann.
