PRÊMIO INUSITADO

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PREMIO INUSITADOEm 1911, o dono de uma das mais conhecidas casas de comércio da então Patos sem o ainda “de Minas” tinha um filho estudando em Ouro Preto, já no final do curso e prestes a voltar para casa. Poucas semanas antes da chegada do rapaz, o comerciante anunciou, por meio de enormes cartazes, afixados por toda a parte, que entregaria um bilhete de loteria a todas as freguesas que comprassem para mais de cinco mil réis. Os anúncios diziam que nessa loteria não haveria mais que um prêmio

No mesmo dia as compradoras começaram a chegar e logo ficaram intrigadas com os misteriosos bilhetes: no verso estava impressa a fotografia de um moço. Quem seria esse moço? Acaso seria ele o prêmio?

No momento em que era proclamado o número da feliz sorteada, ante uma enorme assembleia de rostos femininos em que brilhava a mais alegre emoção, apareceu com efeito o moço do bilhete. Era, nada mais, nada menos, que o filho do proprietário que havia acabado de chegar de Ouro Preto. Ele olhou para a premiada, que por sinal era uma moça muito bonita e filha de um médico, e disse-lhe:

– O prêmio sou eu!

Ela o encarou e achou-o muito do seu agrado. Porém, não o levou. Ao contrário, o prêmio é que ganhou a premiada.

* Fonte: Edição de 10 de dezembro de 1911 do jornal O Commercio, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Telegraph.co.uk.

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