Não gosto desse teu jeito
relapso
de me desdenhar
dessa cara fechada
desse olhar de promessas
dessa voz comovida.
Vai… sai… mas
não ajas assim.
Eu sabes que não gosto
de ti perto de mim
sorrindo sorrisos falsos
brincando sem brincar
falando com incerteza.
Tu sabes que não sei
aturar pouco caso
ouvir palavras más
chorar por solidão.
Vai… anda… leva
teu jeito de desprezo
teu medo da verdade
teu beijo envenenado
tua cisma de amor.
* Fonte: Publicado na edição de janeiro de 1979 do jornal Correio Estudantil, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Deiafargnoli.blogspot.com.