Filho de Antônio Pereira Sobrinho e Tertulina Angélica da Rosa, nascido no dia 20/03/193838, em Bebedouro, Mata dos Fernandes, tendo se transferido para a cidade de Patos de Minas em 1945. Casado com a professora Maria Stella Neves Pereira, Coordenadora do 1.º grau do Colégio Loyola e Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais. O casal possui dois filhos: Marcos Neves Pereira, de 16 anos, e Flávio Neves Pereira, de 14 anos, alunos do 2º Colegial e da 8ª série, ambos do Colégio Loyola. Em Patos de Minas o professor Durval fez o primário no Grupo Escolar Marcolino de Barros, o Ginasial e o Curso Normal na então Escola Normal Oficial de Patos de Minas. Em 1957 fez vestibular para o Curso de História da Faculdade de Filosofia da UFMG, tendo concluído o curso em 1960, quando recebeu os diplomas de Bacharel e de Licenciatura em História.
Em 1961 fez concurso para professor do Colégio Municipal de Belo Horizonte, sendo aprovado em 2.º lugar; em 1962 foi aprovado em concurso para Professor do Instituto Municipal de Ciências Contábeis. Desde 1958 o professor Durval leciona no Colégio Clemente de Faria e no Colégio Arquidiocesano de Belo Horizonte, já em 1960 lecionava na Faculdade de Filosofia da UFMG, antes mesmo de se formar.
Em 1962 tornou-se Coordenador do Turno da Manhã do Colégio Municipal e em 1964 assumiu a direção da Unidade Salgado Filho, do Colégio Municipal, lá ficando até 1971, quando foi transferido para o Municipal Marconi, como Vice-Diretor, permanecendo até 1979. Em março de 1969 assumiu a direção do Colégio Municipal Isaura Santos, no Barreiro de Cima, onde continua até hoje.
Além de suas atividades pedagógicas, o Professor Durval ocupou alguns cargos em órgãos relacionados com sua profissão: foi tesoureiro e depois vice-presidente do Diretório Acadêmico da FAFIUFMG; presidente por dois mandatos do Núcleo Regional da Associação Nacional de Professores Universitários (ANPUH); chefe do Departamento de História da FAFIUFMG por dois mandatos; representante do Governo do Estado de Minas Gerais nos atos Constitutivos da Fundação Educacional de Patos de Minas; presidente da Fundação Educacional de Patos de Minas. Atualmente, é diretor do Colégio Municipal Isaura Santos e Professor Adjunto do Departamento de História da Faculdade de Filosofia da UFMG, onde ministra aulas de Problemas Sociais e Econômicos Contemporâneos para os cursos de Jornalismo e História.
Em 1968 o professor Durval Antônio Pereira, assistente no Departamento de História da Faculdade de Filosofia da UFMG, onde trabalhava desde 1961, foi procurado pelo então Deputado Leopoldo da Silva Porto e pelo professor Waldemar Antônio Mendes, que o convidaram para coordenar os trabalhos de constituição da Fundação Universitária de Patos de Minas e de criação de uma Faculdade de Filosofia para aquela região mineira.
Chegando a Patos o Professor Durval, nomeado pelo Governador do Estado seu representante nos atos constitutivos da Fundação, tomou conhecimento de outro movimento para criação de uma Faculdade sob o patrocínio da Universidade Católica de Minas Gerais. Reuniões foram feitas entre os membros dos dois grupos e decidiu-se pela criação de uma escola superior inteiramente autônoma, subordinada ao Conselho Estadual de Educação. A bem da verdade, com exceção dos integrantes do movimento, a opinião pública patense mostrava-se bastante cética quanto às possibilidades da cidade contar com uma Faculdade, especialmente depois do recente fracasso envolvendo a DEMIPA. Muitas pessoas influentes nem mesmo acreditavam, mas felizmente ninguém dificultou o cumprimento da iniciativa do deputado Leopoldo Porto, e na medida do possível, um grande número apoiou a campanha com palavras e recursos materiais. Formou-se um grupo de trabalho, que não obstante fosse pequeno era muito bom: Anávio Braz de Queiroz, Pedro Pereira dos Santos, Waldemar Antônio Mendes, José de Souza Maia, Dirceu Deocleciano Pacheco, Reverendo Oadi Salum, Lázaro Pereira da Cunha, Padre Paulo Egídio de Azevedo, Terezinha de Deus Fonseca, Altamir Pereira da Fonseca, Filomena de Macedo Melo, Dácio Pereira da Fonseca, Paulo Mendes Pereira, José Mendonça de Morais, Sebastião Alves do Nascimento, Maria da Penha Olivieri, D. Jorge Scarso, Edson Geraldo Gomes, Wulfrano Patrício, José Maria Vaz Borges, Irmão Geraldo Feliciano de Macedo e José Muriel Cardoso.
Caravanas formadas por algumas das pessoas acima citadas percorreram cidades vizinhas solicitando apoio: reuniões públicas e fechadas foram realizadas com muita frequência, alguns quilos de documentos foram preparados e as doações em dinheiro e em bens foram compondo o patrimônio da Fundação Universitária de Patos de Minas. Cumpridas as exigências legais e patrimoniais foi instalada pelo Governo do Estado, através de seu representante, o professor Durval, a Fundação Universitária em ato público assistido pelo promotor de justiça, Dr. Paulo Mendes Pereira.
Para dirigir a nova entidade foi empossado o seu 1º Conselho Curador integrado por 3 membros titulares e 3 suplentes a saber: Prof. Durval Antônio Pereira (Presidente), Prof.ª Maria da Penha de Castro Olivieri (Secretária), Padre Paulo Egidio de Azevedo e D. Jorge Scarso, Anávio Braz de Queiroz, Antônio Vieira Caixeta.
A diretoria teria como missão principal montar o processo para conseguir a autorização para funcionamento da Faculdade de Filosofia. Centenas de professores universitários de Belo Horizonte, Uberaba e Patos de Minas foram visitados e convidados a comporem o corpo docente da futura unidade de ensino superior. Novamente quilos e mais quilos de documentos foram organizados e enviados ao Conselho Estadual de Educação para análise das possibilidades dos professores indicados. Vários foram recusados, mas o cumprimento das diligências exigindo ampliação do acervo da biblioteca e a indicação de novos professores possibilitou a autorização da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Patos de Minas (FAFIPA). As provas de vestibular foram realizadas e os 246 universitários iniciaram suas aulas no dia 16 de maio de 1970. O Irmão Geraldo Feliciano de Macedo tornou-se o Diretor da Faculdade enquanto o Reverendo Oadi Salum foi indicado para Diretor Executivo da Fundação.
Durante a luta dantesca para a criação e instalação da Faculdade de Patos não se pode esquecer a significação de certos fatos e certos gestos desinteressados, sem os quais teria sido impossível cumprir a missão confiada ao professor Durval e ao seu grupo de trabalhos; a cidade e toda a região do Alto Paranaíba deve reconhecer os méritos e tributar muita gratidão aos Irmãos Maristas, que num gesto abnegado, com sacrifício do Colégio e da privacidade de sua casa de ensino, souberam entender as dificuldades da comunidade e ceder o prédio para o funcionamento sem qualquer ônus para a Fundação Universitária.
Outro fato de relevância significativa através dos tempos foi a coragem e desprendimento de um grupo de jovens professores de Belo Horizonte, que, semanalmente, se deslocavam para Patos, em ônibus, por estradas ora poeirentas, ora lamacentas, para tornar possível o funcionamento da Faculdade. Sem eles, seriam outros, é claro, mas a grandiosidade do fato desses jovens pioneiros nunca poderá ser esquecido. Portanto, deve ficar registrada a gratidão da cidade aos professores Jair Marçal, Antônio Marum, Wilson Camargos, Mílton, Ailton, Samuel, Galba, João Bosco, Pedrinho e Maria dos Reis.
* Fonte: Coluna Conterrâneo Ausente, Durval Antônio Pereira, da edição n.º 11 da revista A Debulha de 15 de outubro de 1980, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca.
* Foto: Durval Antônio Pereira, primeiro presidente da FEPAM, recebe homenagem de Waldemar da Rocha Filho, o atual presidente, em solenidade realizada no UNIPAM em 08 de setembro de 2008. Crédito de Patosnotícias.com.