TEXTO: JORNAL CORREIO DE PATOS (1985)
Torcedores, dirigentes e simpatizantes da URT estão inconformados com a falta de atenção que esta equipe tem tido por parte da TV Globo em seus programas de esportes. Aliás, não só no esporte, mas em quase todos os setores a Globo vem se esquecendo de Patos em detrimento de outros centros que atinge. A mágoa ficar maior se considerarmos que em termos comerciais nosso município não foi esquecido pela emissora, que através de seu escritório regional tem papado altas somas em comerciais das empresas patenses.
Com relação à URT, o caso se torna mais digno de descontentamento, pois a equipe vem desempenhando um excelente futebol, conseguindo vitórias sobre equipes importantes no cenário futebolístico do nosso Estado, como Uberaba, América, Cruzeiro e o próprio Uberlândia, para não citar outras. Agora, em busca do título do campeonato da 2.ª Divisão, e com sérias responsabilidades de passar para a primeira, a URT esperava contar com mais apoio Global.
Na semana que antecedeu ao primeiro jogo da Celeste pelo cobiçado campeonato, a Globo não mencionou quase nada sobre esta partida. Mas no entanto, falou até dos torneios de peladas dos clubes de Uberlândia, Araguari e Uberaba.
Os torcedores de Patos também contribuem para que os programas de esporte da Globo sejam líderes em audiência na região. Seria no mínimo sensato que a emissora pensasse nisso, ao colocá-los no ar, pois a URT não é mais apenas um time a ser lembrado. Sua atuação tem deixado saldo capaz de comprovar que a Celeste é sem sombra de dúvida uma forte candidata a uma vaga para o campeonato mineiro do próximo ano, e se a Globo tem dúvida quanto a este fato, é melhor que leve suas câmaras para o Zama Maciel. Lá a equipe se incumbirá de se transformar em notícia. Caso isso aconteça, na certa a Globo vai dizer: “Desculpe a Nossa Falha…”.
* Fonte: Texto publicado com o título “Uma Falha Indesculpável” na edição de 24 de agosto de 1985 do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPH) do Unipam.
* Foto: Institucional.
