Do quintal lá de casa,
se avista um luar
e, se não for lá de casa,
não se vê esse luar, não, não se vê.

Tia Zizinha,
tou feliz por voltar ao meu sertão
Tia Zizinha,
tou feliz por voltar ao meu sertão.

Era noite, madrugada,
sol faltava ao coração,
dei adeus à minha amada,
dei adeus ao meu sertão,
onde os campos são mais limpos,
onde há vida e proteção,
nas igrejas, nas capelas,
Jesus ainda é salvação

Nas histórias do meu tio,
com a fé dos meu irmão,
lá no interior de Minas,
sei, meu canto é bem maior.

Tia Zizinha,
tou feliz por voltar ao meu sertão
Tia Zizinha,
um dia, eu juro, pra ficar eu vou voltar

Tia Zizinha,
tou feliz por voltar ao meu sertão
Tia Zizinha,
um dia, eu juro, pra ficar eu vou voltar

* Fonte: Luiz Esteves – Composta em 1971/1972, quando o autor foi morar no Rio de Janeiro, inspirada na saudade que ele sentia de Patos de Minas, da família, dos amigos, enfim do que tinha perdido saindo de Patos. Tia Zizinha (Adelaide), por parte de pai, era uma pessoa muito querida por todos da família. Foi gravada pelo próprio Luiz Esteves em 1980, mas nunca foi lançada por vários motivos. Veio finalmente a público através de Taquinho Noronha em seu CD “Nas Quebradas do Sertão” (2008).