DESVIANDO O PARANAÍBA

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HISTORIAS DE PESCADOR - MURALJOIA.COMÁureos tempos aqueles em que o Rio Paranaíba era piscoso. E para quem ainda não sabe, “piscoso” significa “onde há muito peixe”. Então, áureos tempos aqueles em que pescar no Rio Paranaíba era uma festa.

Assim como era uma festa presenciar o Walter Caixeta tratando a bola com carinho usando o manto sagrado do Mamoré. E o Walter adorava uma pescaria. Um belo dia, ele e o Lerô resolveram dar um banho nas minhocas lá pras bandas de Porto Canoas.

Num dado momento o Walter fisgou um enorme peixe, bitelo mesmo. Tão grande, que não conseguiu trazê-lo para fora d’água, mesmo com a poderosa ajuda do Lerô. Chegaram a suar em bicas de tanta força que fizeram, mas nada de arrancar o peixe da água.

Enquanto o esforço inútil acontecia, ali por perto um tratorista arava o chão. Ele viu e resolveu conferir, chegando com a máquina próxima aos pescadores. Logo o Walter teve uma ideia luminosa, que imediatamente foi posta em prática com a anuência do visitante. Amarraram a linha no trator e a máquina rompeu. Puxa daqui, puxa dali, o motor urrava que nem leão, mas o peixe nem apontava a cabeça para fora d’água. Quando deram pela coisa, cruz credo ave Maria: era a margem do Paranaíba que estava sendo arrastada pelo trator.

* Fonte: FPP – Folclore de Pesca Patense.

* Foto: Muraljoia.com.

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