Foram pescar o Dr. Antônio Ferreira, o Ivo da Caprichosa, o Jurandy dos vagalumes e o Preto. Pescaram quase a tarde toda e nenhum deles conseguiu pegar coisa alguma. Eis senão quando o Dr. Antônio arranca d’água um gongó. E parece que passava por ali um cardume deles, pois, cada fisgada, era um que gemia fora d’água. O pescador juntou vários anzóis e conseguiu duma feita arrancar até dois gongós num anzol só. Já com a capanga cheia, foi procurar os colegas na barraca, todos eles desanimados com a má sorte do dia. Dr. Antônio chega e triunfante despeja no chão o conteúdo da capanga, dizendo: – vocêis é bobo! Está aqui a minha mandizada.
A turma é que gozou, pois ele não conhecia o gongó. Desde este dia, o Dr. Antônio, em homenagem a esta excelente (!) pescada, mandou fazer um tanque em sua casa e projetou uma criação deste peixe.
Afinal, os companheiros é que não conheciam o gongó, que também é conhecido por cerrudo. Ele é um supertônico e reabilitante da senectude.
* Fonte: Edição de abril de 1976 do Boletim Informativo, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Muraljoia.com.br.